(*) Notícia atualizada às 16h35: "Furiosa: Uma Saga Mad Max" arrecadou 32 milhões de dólares em quatro dias, "Garfield – O Filme" ficou em segundo lugar com 31,1 milhões.

ANTES...

Não estava nas previsões, mas "Garfield – O Filme" e "Furiosa: Uma Saga Mad Max" estão numa disputa intensa pelo primeiro lugar das bilheteiras dos cinemas da América do Norte que, pegando no local da ação do segundo, se estão a tornar uma 'Wasteland' [terra devastada].

Os estúdios envolvidos puxam pela vitória dos seus filmes nos comunicados à comunicação social, mas, ainda assim, é um complicado fim de semana do "Memorial Day", habitualmente um dos mais lucrativos do ano, mostraram estimativas da indústria no domingo.

Atualmente, "Garfield – O Filme", a animação da Sony sobre o gato preguiçoso que adora lasanha, coma a voz de Chris Pratt ("Guardiões da Galáxia"), deve arrecadar 31,9 milhões de dólares de sexta a segunda-feira, informou o Exhibitor Relations.

Já "Furiosa", o quinto filme da saga de ação pós-apocalíptica "Mad Max", do cineasta australiano George Miller, com Anya Taylor-Joy no papel interpretado pela primeira vez por Charlize Theron, ficará com 31,5 milhões de dólares, em vez dos 40 a 50 milhões das projeções iniciais, já revistas em baixa.

"Furiosa", da Warner Bros, estava à frente no total estimado de sexta a domingo, disse a Exhibitor (25,6 milhões para 24,8), mas o número de quatro dias é a métrica principal.

Os valores finais serão divulgados na terça-feira.

"Furiosa: Uma Saga Mad Max"

Ainda com Chris Hemsworth, "Furiosa" também estagnou nas bilheteiras internacionais, com 33,3 milhões de 75 países, um arranque difícil de 58,9 milhões para uma produção que custou 168 milhões, sem incluir o marketing (valor atualizado: 65 milhões).

Em Portugal, com apenas 19.236 espectadores entre quinta-feira e domingo em 99 salas, perdeu a liderança para "Garfield", com 30.130 em 142 salas: números longe de se traduzirem em sessões concorridas.

"'Garfield' não está entre as elites da animação, mas tem um orçamento razoável", disse o analista da indústria David A. Gross, da Franchise Entertainment Research.

"Está a fazer o que deveria fazer", notou sobre o filme que custou 60 milhões a produzir (sem marketing) e que deverá representar um modesto lucro em sala para o estúdio (com uma estreia mais cedo noutros países, o total global nas bilheteiras esta nos 91,1 milhões).

Quanto a “Furiosa”, Gross descreve "uma estreia fraca para o quinto capítulo 'Mad Max'”, acrescentando que, embora tenha sido bem recebida pela crítica e pelo público, a prequela empalideceu nas bilheteiras em comparação com “Mad Max: Estrada da Fúria", com Theron e Tom Hardy, que estreou pela mesma altura em 2015, com 45,4 milhões, número não atualizado pela inflação.

Embora a temporada arranque no início de maio, o Memorial Day é o tradicional início do verão na América do Norte e também costuma ser um grande fim de semana prolongado para novos filmes, o que significa que os estúdios certamente ficarão desiludidos com o total geral das bilheteiras.

Tanto as revistas Variety como The Hollywood Reporter disseram que qualquer que seja o filme que triunfe, será a pior estreia do Memorial Day em quase três décadas, desde que "Casper" começou com 22,5 milhões em 1995 (um valor não ajustado à inflação), excluindo 2020, quando os cinemas estavam fechados por causa da pandemia da COVID-19.

Em terceiro lugar, com 21 milhões, ficou o filme de animação "IF – Amigos Imaginários", com Cailey Fleming no papel de uma jovem que, juntamente com o vizinho Ryan Reynolds, embarca numa aventura para reencontrar os Amigos Imaginários (IFs) esquecidos com as suas crianças.

O quarto lugar ficou para as saga de ficção científica "Reino do Planeta dos Macacos", com 17,1 milhões.

Em quinto lugar, ficou a comédia de ação "Profissão: Perigo", protagonizada por Ryan Gosling e Emily Blunt, com 7,8 milhões.