
Esta quinta-feira, a China anunciou que vai reduzir "moderadamente" o número de filmes americanos exibidos oficialmente nos seus cinemas, uma nova medida de retaliação contra os EUA após a escalada da guerra comercial.
Ao contrário do tom mais conciliador que adotou em relação ao resto do mundo, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou na quarta-feira um aumento nas tarifas sobre os produtos chineses importados.
Ele aumentou-as para impressionantes 125% e o Ministério do Comércio chinês prometeu, esta quinta-feira, que a China "lutará até ao fim" se Washington continuar a sua campanha hostil de cobranças excessivas de tarifas.
"As más práticas do governo dos EUA, que incluem o abuso de tarifas contra a China, só podem reduzir ainda mais a popularidade dos filmes americanos entre os espectadores chineses", disse um porta-voz do Gabinete Nacional de Cinema.
"Seguiremos as regras de mercado, respeitaremos as escolhas dos espectadores e reduziremos moderadamente o número de filmes americanos importados", enfatizou num comunicado divulgado em resposta a uma pergunta sobre as repercussões da guerra comercial.
A China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo, atrás dos EUA.
O país asiático é especialmente importante para os estúdios de Hollywood, cujas superproduções costumavam ser muito bem-sucedidas, principalmente antes da pandemia em 2020.
No entanto, Pequim limita — através de um sistema de quotas — o número de filmes estrangeiros exibidos oficialmente nos seus cinemas.
Na prática, isso não impede que os cidadãos chineses tenham acesso facilmente um grande número de filmes estrangeiros através da subscrição de plataformas de vídeo chinesas, 'sites' piratas ou 'downloads' ilegais.
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