Primeiro como duplo nos filmes de Bruce Lee "O Invencível" (1972) e "O Dragão Ataca", e depois como protagonista, mas também argumentista, realizador e produtor, em mais de 30 filmes de artes marciais de Hong Kong, Jackie Chan dispensa apresentações.
Entre os primeiros sucessos que o tornaram uma das grandes estrelas do cinema de ação estão "O Grande Mestre dos Lutadores" (1978), "O Duelo dos Grandes Lutadores" (1980), "O Dragão Invencível Ataca" (1982), "Os Piratas dos Mares da China" (1983), "Police Story/O Incorruptível" (1985-2004) e "O Guerreiro de Deus" (1986).
Vários originaram sequelas e transcenderam o mercado asiático, de tal forma que a partir do sucesso de "Jackie Chan nas Ruas de Nova York" (1995), o ator começou a participar com mais assiduidade em filmes americanos, com destaque incontornável para a saga "Hora de Ponta" (1998-2007), "Shanghai Noon" (2000) e a sequela "Em Defesa de Sua Majestade" (2003), "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (2006) e as animações "O Panda do Kung Fu" (2008-2016).
Mas a relação com Hollywood "esfriou" após entrar na nova versão para o cinema de "Karate Kid" (2010) e nem um Óscar honorário pela carreira em 2016 alterou a tendência, apesar de manter, aos 66 anos, uma grande popularidade e um intenso ritmo de trabalho, principalmente nos filmes de Hong Kong.
Jackie Chan explicou o que se passa durante uma entrevista sobre o propósito do lançamento em streaming de um desses filmes no Brasil ("The Knight of Shadows: Between Yin and Yang"/ "Contos do Caçador de Sombras").
“Na verdade, nunca saí da América. Simplesmente, não encontrei o argumento certo”, explicou numa entrevista exclusiva ao "site" brasileiro Filmelier.
"Todos estes anos depois do 'Karaté Kid’, recebi tantos argumentos, mas o papel é [sempre] um polícia de Hong Kong”, queixou-se.
"É por isso que demorei sete anos até aceitar um papel noutro filme de Hollywood, com ‘O Estrangeiro’ [ao lado Pierce Brosnan]. Quero ter certeza de que o público poderá ver estes lados diferentes de Jackie Chan. Gostaria que o público me considerasse um ator que faz ação, não apenas uma estrela de ação", reforçou.
Jackie Chan não esconde a ambição por desafios mais dramáticos como ator após ter conseguido tudo o que queria no cinema de ação.
"Após tantos filmes de ação ao longo dos anos, já alcancei todas as minhas ambições. É muito difícil encontrar algo fresco. Ser inovador é o mais difícil. Não se pode simplesmente chutar indefinidamente em 360 graus. O público ficará entediado. Estou ansioso por papéis mais dramáticos. No futuro, continuarei a fazer comédia de ação, mas também outros novos géneros", prometeu.
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