Luís Lucas, ator e um dos fundadores da Comuna – Teatro de Pesquisa, morreu aos 73 anos, informou no domingo a Academia Portuguesa de Cinema, numa publicação na rede social Facebook.

"É com a maior tristeza que damos a notícia da partida do ator Luís Lucas, querido membro da Academia Portuguesa de Cinema", pode ler-se numa publicação da academia na sua página de Facebook.

Nascido em 16 de junho de 1952, em Lisboa, Luís Lucas contou com mais de quatro décadas de carreira, tendo passado pelo teatro, cinema e televisão.

A Academia Portuguesa de Cinema destaca o "legado" e a "marca indelével" deixados pelo ator no panorama artístico português, referindo ainda que será lembrado por colegas de profissão e público pela "sua generosidade, humor, a seriedade profissional e a capacidade de transitar, com igual excelência, entre o drama mais denso e a comédia mais leve".

Luís Lucas formou-se no Conservatório Nacional e foi um dos membros fundadores do grupo Comuna – Teatro de Pesquisa, tendo passado por diversas companhias de teatro como a Cornucópia, Cómicos, Teatro da Graça, entre outros.

"A sua versatilidade e rigor artístico marcaram várias gerações de atores e encenadores", realça a Academia Portuguesa de Cinema, sublinhando que desde jovem demonstrou "uma profunda paixão pelo palco".

Entre os vários filmes em que participou incluem-se "Alexandre e Rosa" (1978), "Le Soulier de Satin" (1985), "Aqui na Terra" (1993), "Dot.com" (2007), "Sombras Brancas" (2023) ou "O Vento Assobiando nas Gruas" (2023). Foi ainda Sá Carneiro em "Camarate" (2001).

Na televisão, participou em várias séries e novelas, nomeadamente "Médico de Família", "Liberdade 21", "Equador" ou "Coração d’Ouro", entre outros, tendo ainda dado voz, como narrador, à série da RTP Conta-me Como Foi.

Luís Lucas fez ainda trabalhos de dobragem e locução, tendo participado em inúmeros projetos de animação, séries e publicidade.

"Com a sua partida, desaparece um dos maiores intérpretes da nossa cena artística, mas permanece a memória de um trabalho ímpar que continuará a inspirar atores, realizadores e espetadores", remata a Academia Portuguesa de Cinema, na nota de pesar.