"Caos" e "tumulto" são alguns dos termos usados para descrever o estado de espírito em Hollywood após a publicação na quarta-feira ao fim da tarde de um artigo da The Hollywood Reporter sobre os alegados planos dos novos diretores executivos da DC Studios.
Segundo a revista especializada, "Mulher-Maravilha 3", tal como foi proposto pela realizadora Patty Jenkins, foi cancelado por James Gunn (realizador dos filmes "Guardiões da Galáxia") e Peter Safran, desde 1 de novembro responsáveis respetivamente pela área criativa e de gestão do estúdio dos filmes de super-heróis da DC, e pelos próprios diretores executivos da Warner Bros.
Esta notícia foi suficiente para incendiar Hollywood, por causa do filme, por Gal Gadot e pela realizadora (circula outra informação que foi ela que se afastou por "diferenças criativas" sobre a direção da história), mas o artigo cita outros rumores e a existência de vários planos possíveis para o futuro do Universo Cinematográfico dos super-heróis da DC.
Um deles, baseado no cancelamento de "Mulher-Maravilha", é o de fechar o chamado "Snyderverse" e os super-heróis lançados pelo realizador Zack Snyder: escolher novos atores e dizer adeus a Henry Cavill e "Homem de Aço 2" (segundo o Deadline, o ator anunciou o regresso por sua iniciativa nas redes sociais a 24 de outubro), assim como de Jason Momoa após a estreia de "Aquaman and the Lost Kingdom" em dezembro de 2023, estando em aberto a possibilidade de interpretar outra personagem, Lobo.
Sobre "The Flash", que tem em Ezra Miller um protagonista envolvido em vários escândalos, detenções e processos em tribunal este ano, nada transpareceu sobre os planos de Gunn e Safran. Já improvável parece ser uma sequela de "Black Adam", apesar das divergências públicas sobre se vai dar um prejuízo de 100 milhões de dólares ou um lucro de pelo menos 52.
Os planos da dupla não incluem interferir no futuro de "The Batman" com Robert Pattinson e outros projetos criados pelo realizador Matt Reeves, ou na sequela de "The Joker".
"Isto está a criar um tumulto. E é uma situação horrível. Este negócio baseia-se em relacionamentos", disse ao Deadline uma fonte ligada aos filmes da DC sobre o silêncio do estúdio em relação ao futuro dos seus projetos.
O que parece ser consensual é que Gunn e Safran, que estiveram a "partir pedra" num retiro em Aspen (Colorado), vão apresentar na próxima semana as suas ideias para a próxima década a David Zaslav, diretor executivo da Warner Bros. Discovery, e esperam informar os representantes dos talentos antes do Natal.
Nas redes sociais, James Gunn reagiu ao artigo da revista procurando apaziguar os ânimos: "uma parte é verdade, uma parte é meia verdade, uma parte não é verdade e uma parte ainda não decidimos se é verdade ou não".
"Embora este primeiro mês na DC tenha sido frutífero, construir os próximos dez anos de história leva tempo e ainda estamos apenas a começar. O Peter e eu escolhemos dirigir a DC Studios sabendo que estávamos a entrar em um ambiente turbulento, tanto nas histórias contadas quanto no próprio público, e haveria um período de transição inevitável à medida que passávamos a contar uma história coesa em filmes, TV, animação e jogos", acrescentou.
"Mas, no final, as desvantagens desse período de transição foram ofuscadas pelas possibilidades criativas e pela oportunidade de desenvolver o que funcionou na DC até agora e ajudar a corrigir o que não funcionou. Sabemos que não vamos deixar todas as pessoas felizes a cada passo do caminho, mas podemos prometer que tudo o que fazemos é feito ao serviço da HISTÓRIA e ao serviço doa PERSONAGENS da DC que sabemos que vocês apreciam e nós temos valorizado todas as nossas vidas", argumentou, antes de concluir que fãs ainda vão ter de esperar por mais respostas sobre o futuro.
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