Atualmente, a Disney pode ser o maior estúdio de Hollywood, um colosso que foi capaz de comprar Pixar, Marvel e a Lucasfilm (de "Star Wars" e "Indiana Jones"), mas nos anos 1980 estava na pior fase de uma lenta decadência que começara com a morte do fundador Walt Disney no final de 1966.
Na animação, o último grande sucesso fora “O Livro da Selva” (1967) e os que se seguiram, como “Os Aristogatos” (1970), “Robin dos Bosques” (1973), “As Aventuras de Bernardo e Bianca” (1977) ou “Papuça e Dentuça” (1981), ainda que bem recebidos numa era em que escasseava o cinema para toda a família, não tinham conseguido captar a mesma magia.
Foi então que o estúdio decidiu lançar a Touchstone em 1984, uma nova divisão para lançar filmes mais adultos, e o primeiro projeto era "Splash, a Sereia".
No programa “The Jess Cagle Show" da Sirius XM, o ator revelou como a participação num episódio de 1982 da série "Happy Days" abriu caminho para o filme de fantasia que realmente lançou a sua carreira em 1984.
A sorte teve um papel: Lowell Ganz e Babaloo Mandel eram os principais argumentistas naquela altura e também tinham escrito um filme chamado "Splash", que seria realizado por Ron Howard, que deixara a série em 1980.
Mas o que também ajudou foi um estúdio em decadência e merecida reputação de ser "poupadinho" nas despesas.
"Era na Disney. Ninguém queria trabalhar para a Disney e ninguém aceitava o trabalho", recordou.
Eventualmente, os argumentistas acabaram por se lembrar do ator que tinha atirado a personagem principal da série por uma janela de vidro. Após dois testes, Ron Howard ofereceu-lhe o papel.
"Recordo-me de ter ido aos estúdios da Disney. E não tinham sido remodelados. Construíram em 1958 e e não tinha mudado nada", contou o ator sobre estes tempos negros da Disney, comparando o local a uma velha estação de autocarros no sul profundo dos EUA.
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