Tal como acontecia com Logan Roy, a sua personagem na aclamada série “Succession”, a habitual franqueza de Brian Cox está de volta e também as declarações que se tornam virais.
Após as muitas opiniões bombásticas partilhadas no livro de memórias "Putting the Rabbit in the Hat" em 2021 ou a participação num evento sobre História e Cinema em abril onde falou da "interpretação realmente pavorosa de Joaquin Phoenix" em "Napoleão" (2023) ou o "monte de disparates" históricos em "Braveheart" (1995), o ator escocês tinha muito para dizer quando lhe perguntaram sobre a recente vaga de sucesso mundial das séries de TV durante um painel no Festival Internacional de Cinema de Edimburgo.
"O que aconteceu é que a TV está a fazer o que o cinema costumava fazer. Acho que o cinema está muito mal. Perdeu o seu espaço por conta, em parte, do elemento de grandiosidade entre Marvel, DC e de tudo isso. E, na verdade, acho que está a começar a implodir. Está-se a perder o fio da meada", disse durante o fim de semana, citado pela revista The Hollywood Reporter.
Estes grandes filmes de Hollywood, acrescentou, estão “a fazer muito dinheiro, o que deixará todos felizes, mas o trabalho em si acaba por se diluir a seguir. É sempre o mesmo... isto é, eu fiz esse tipo de [projetos].”
Em "X-Men 2", Cox foi William Stryker Jr., o cientista militar que convence Logan (Hugh Jackman) a tornar-se Wolverine, um detalhe que admitiu que se costuma "esquecer".
E comentou com boa disposição: "Na verdade, quando esses filmes aparecem, há sempre uma parte de mim [como Stryker] e nunca pagam".
Mais a sério, o ator terá comentado que gostaria de ver os colegas a fazer outros projetos, citando os protagonistas de "Deadpool & Wolverine".
"Portanto, fazer estas coisas tornou-se uma altura de festa para alguns atores. Quando se sabe que o Hugh Jackman pode fazer um pouco mais, o Ryan Reynolds... mas é porque eles seguem esse caminho e é [sucesso de] bilheteira. Ganham muito dinheiro. Não se pode deitar abaixo", resumiu.
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