O filme conquistou o prémio pela «conceção extraordinariamente poética, cumprindo o melhor da tradição literária do horror», afirma o júri, elogiando a «composição técnica irrepreensível e de grande originalidade».

«O Coveiro», animação de 14 minutos escrita e realizada por André Gil Mata, narra uma «história sobre marginais redimidos pelo amor e as estranhas criaturas da noite que povoam as trevas», descreveu o júri.

O realizador receberá um prémio monetário de três mil euros e o Méliès d'Argent para melhor curta-metragem, sendo automaticamente selecionado para concorrer ao prémio anual Méliès d'Or, atribuído pela Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico, em outubro, em Sitges (Espanha).

Em junho passado, André Gil Mata foi distinguido no Festival de Cinema de Curitiba, no Brasil, e em maio no Festival de Cannes (França) com a primeira longa-metragem,
«Cativeiro».

O festival MOTELx tem apenas uma secção competitiva, dedicada a curtas-metragens de terror, e o júri integrou este ano o humorista Nuno Markl, a jornalista Safaa Dib e o presidente do Razor Reel Fantastic Film Festival, Thierry Philips.

Foi ainda atribuída uma menção especial a
«Desespero», de Rui Pilão.

A sétima edição do MOTELx termina hoje ao fim de cinco dias a exibir 80 curtas e longas-metragens, nacionais e internacionais, dedicada aos múltiplos caminhos do cinema de terror.

Da programação destacou-se a presença em Lisboa do realizador norte-americano
Tobe Hooper, que dirigiu
«Poltergeist» e
«Massacre no Texas», e de quem foi exibida uma retrospetiva. Esta sétima edição do MOTELx homenageou igualmente o norte-americano
Ray Harryhausen, criador de efeitos especiais, falecido em maio passado.