O filme, dirigido por
Mónica Santana Baptista,
Hugo Martins,
Tiago Nunes,
Hugo Alves,
Rui Santos e
Patrícia Raposo, foi estreado na última edição do Festival
IndieLisboa, do qual integrou a Competição Nacional e a secção Cinema Emergente, acabando por ganhar o Prémio TAP para Melhor Longa-Metragem Portuguesa de Ficção.
O filme conta com interpretações de Joana Santos, Miguel Raposo, David Cabecinha, João Cajuda, Nuno Casanovas, Inês Vaz, Ângelo Rodrigues, Diana Nicolau, Sofia Peres, João Pedro Silva e Joana Metrass, além de música original dos Peixe:Avião e temas de Samuel Úria, que também participa no elenco, d'Os Golpes, d'Os Velhos e da banda The Walkmen.
Os seis realizadores têm em comum a passagem pela Escola Superior de Teatro e Cinema e uniram-se na primeira longa-metragem da vida de todos eles, sem perderem a sua individualidade, como garantiram à Agência Lusa na altura da estreia, em maio passado.
Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Tiago Nunes, Hugo Alves, Rui Santos e Patrícia Raposo (por ordem de realização no filme) já tinham trabalhado em curtas-metragens e noutros projetos de uns e de outros mas, para a nova produção, assumiram o formato de um coletivo.
«O que há de novo no amor?» não resulta de seis curtas-metragens transformadas numa longa – é um só filme, que recupera para a contemporaneidade os coletivos de tempos mais revolucionários. Quando se juntam estes seis realizadores não dá «um mais dois mais três», como assegurou Tiago Nunes. «São seis visões em confronto e em diálogo, são cruzamentos, são sinergias».
Os realizadores não viram as partes filmadas por cada um dos outros até estarem todos prontos. Só na primeira montagem tiveram noção do caminho que o argumento, concebido coletivamente, tinha tomado.
O filme «é sobre a dificuldade de se estar junto atualmente, sobre as cedências, sobre o que é estar com uma pessoa, sobre o não conseguir estar com uma pessoa, sem procurar dar respostas», mas sim «causar alguma reflexão e identificação», descreve Hugo Martins.
Há «desolação e esperança» no filme, que pretende ser um retrato do Portugal de hoje. «Não queríamos personagens, queríamos pessoas, com os diálogos das pessoas, os pensamentos que as pessoas têm, mais ou menos profundos, as suas atividades mais ou menos descabidas», disse à Lusa Mónica Santana Baptista, na altura da estreia.
«O que há de novo no amor?» tem estreia comercial prevista para depois do verão, com a maior distribuidora do país, a Zon Lusomundo.
O
Raindance Film Festival , «a voz do cinema independente», como o certame se apresenta, abre no próximo dia 28 de setembro, na capital britânica, com a ante-estreia europeia de «Another Earth», de Mike Cahill, revelado na última edição do Festival de Sundance.
@Lusa
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