“El Sufrimiento por no Ser Igual” é o nome dos diários em que o realizador argentino Martín Rodríguez Redondo se inspirou para um retrato da homossexualidade no meio rural do seu país.
Uma vez que o filme depende largamente do seu final, não convém saber muito antes de assistir à história sobre a vida de Marcelo Bernasconi – a personagem real em cujos escritos a narrativa foi construída.
“Marilyn” narra a história de um jovem que vive numa fazenda com a família – os pais e o irmão mais velho. A sua homossexualidade começa a revelar-se e o seu gosto por se vestir de mulher começa a render-lhe o desprezo e o contacto com a violência física e psicológica.
É sobretudo nesta última que o filme se centra: à medida que a história se desenrola, Redondo cria um ambiente de opressão crescente onde, particularmente a mãe, exerce sobre ele uma vigilância esmagadora. Como pano de fundo, fica o registo de um meio onde a sobrevivência do dia-a-dia e a vivência comunitária não permitem desvios da norma estabelecida.
Primeiro filme do realizador, que teve a sua estreada na seção Panorama do Festival de Berlim, "Marilyn" é exibido quinta-feira, 20 de setembro, às 22h00.
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