Documentos pertencentes ao património de Robin Williams indicam que o ator colocou uma cláusula inédita ao uso da sua imagem durante 25 anos após a sua morte.
De acordo com as disposições agora conhecidas, a sua imagem não poderá ser usada ou recriada em filmes ou campanhas publicitárias antes de 2039.
Os documentos indicam ainda que os direitos associados ao seu nome, assinatura ou fotografias passam para a Windfall Foundation, uma entidade filantrópica criada com a sua segunda esposa, de quem se divorciou em 2010, que angariou receitas para organizações como a Médico sem Fronteiras.
Depois dos avanços com os efeitos gerados por computador terem permitido colocar um holograma da atriz Audrey Hepburn a publicitar chocolates, Grace Kelly e Marilyn Monroe a vencer perfumes Dior e Fred Astaire a dançar com um aspirador, um anúncio polémico com o qual o próprio Robin Williams fez piadas, a decisão agora conhecida significa que o ator tinha a firme determinação de implementar rígidas restrições ao uso da sua imagem.
O motivo mais provável para a decisão foi assegurar que a sua imagem e legado não seriam destruídas com a utilização, autorizada ou abusiva, em anúncios ou mesmo filmes, algo que a tecnologia já mostrou ser possível. Note-se, por exemplo, que 15 anos após o seu desaparecimento, a imagem de Laurence Olivier foi utilizada, com a voz de outro ator, para ser o doutor Totenkopfo, vilão em «Sky Captain e o Mundo de Amanhã» em 2004.
Robin Williams e os seus advogados estariam ainda conscientes dos ganhos existentes nessa exploração, separando esses direitos de imagem do restante património, colocando-os numa fundação, mais protegida em termos fiscais.
De acordo com especialistas na área, as disposições tomadas por Robin Williams não têm precedentes entre as celebridades mas provavelmente vão tornar-se mais frequentes no futuro.
A carreira de Robin Williams em 25 filmes
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