Antes de chegar disponível na Netflix, "O Irlandês" está em algumas salas de cinema dos EUA e Grã-Bretanha e as reações estão a chegar às redes sociais.
Apesar dos elogios quase generalizados ao novo filme de Martin Scorsese com Robert DeNiro, Al Pacino e Joe Pesci, surgiram críticas pela escassa dimensão do papel de Anna Paquin.
A vencedora de um Óscar por "O Piano", quando tinha apenas 11 anos, diz uma frase de seis palavras e é uma presença principalmente silenciosa como a filha do gangster Frank Sheeran (Robert De Niro) na segunda metade do filme de três horas e meia.
Para alguns, trata-se de um papel "indigno" do estatuto da atriz e apenas mais uma "prova" de como Scorsese há muito desvaloriza as personagens femininas nos seus filmes, enquanto outros interpretam-no como sendo o de uma "juíza" silenciosa dos crimes do pai, em que Anna Paquin comunica o que sente com as suas atitudes.
Algo que o próprio realizador confirmou numa conversa pública com o colega Spike Lee no fim de outubro.
Por causa do papel pequeno, não demorou muito até começar a surgir a teoria da conspiração de que Scorsese tinha "mandado" Anna Paquin entrar no filme.
A visada reagiu após Sasha Stone, a editora do sítio "Awardsdaily", sugerir que era uma ideia "hilariante" quando, defendeu, qualquer ator aceitaria a correr a oportunidade de trabalhar com o lendário cineasta, qualquer que fosse a personagem.
"Não, ninguém estava a ser 'mandada'. Fiz testes para o privilégio de me juntar ao elenco incrível de 'O Irlandês' e estou incrivelmente orgulhosa de fazer parte deste filme", confirmou.
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