Um James Bond negro ou até mulher são algumas das propostas que têm entretido fãs e comunicação social quando Daniel Craig se aproxima cada vez mais da última missão como 007.
No entanto, há mais uma "Bond girl" que acha que o 007 deve continuar a ser, pelo menos, um exclusivo masculino no cinema. E logo uma das mais complexas e memoráveis.
"Sou pelas mulheres, mas acho mesmo que James Bond deve continuar a ser um homem. Não faz sentido ele ser uma mulher", disse Eva Green à Vanity Fair na antestreia de "Dumbo".
A atriz francesa foi a marcante Vesper Lynd em "007 - Casino Royale" (2006), o primeiro filme com Daniel Craig como o agente secreto.
"As mulheres podem interpretar diferentes tipos de personagens, estar em filmes de ação ou ser super-heróis, mas James Bond deve ser sempre um homem e não Jane Bond. Existe uma história com a personagem que deve continuar. Ele deve ser representado por um homem", justificou.
Green também comentou que adora que a personalidade das "Bond girls" tenha evoluído ao longo dos tempos: "Inicialmente tinha reservas sobre ser uma 'Bond girl'. Não queria ser uma bimba. As mulheres agora são encaradas de forma diferente. São inteligentes, audiciosas e fascinantes. Adorei ser a Vesper. É a única a chegar ao coração de Bond e tem um grande impacto na sua vida".
Em abril de 2018, Rosamund Pike, a "Bond girl" Miranda Frost em "007 - Morre Noutro Dia" (2002), também salientou que Bond é uma criação muito masculina do escritor Ian Fleming e sugeriu a alternativa de uma agente feminina espantosa, dura, imprevisível e sem remorsos... que ela estaria interessada em representar.
Alguns meses antes, Rachel Weisz, casada precisamente com o atual detentor da personagem, revelou que não concordava com a mudança de género e que a prioridade das mulheres devia ser avançar para as "suas próprias histórias".
O quinto e último filme com Daniel Craig chega aos cinemas em abril de 2020.
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