O grupo, fundado e dinamizado por utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra há 30 anos, vai revelar o sucessor de “Somos punks ou não?”, lançado em 2021, num concerto preparado em residência artística com o Coro das Fontes, constituído por habitantes da aldeia onde decorre o festival, e outros convidados.

Além do espetáculo onde serão tocados os novos temas, a banda estará em foco no documentário “Yours truly, fear”, da Casota Collective, que venceu o prémio IndieMusic na edição deste ano do IndieLisboa.

O filme, que segue a digressão europeia realizada pelos 5.ª Punkada em 2023 e que aborda a vida de outros artistas com deficiência, será exibido no primeiro dia de Nascentes, em sessão com conversa entre o público e a banda e o realizador Telmo Soares.

O festival organizado pela Omnichord marca ainda o lançamento do primeiro disco do multi-instrumentista Samuel Martins Coelho.

Segundo comunicado da organização, o álbum “Extinção”, que propõe uma experiência sensorial e social sobre as questões ambientais abordadas, é revelado ao vivo no primeiro dia, 3 de julho.

A programação musical de Nascentes conta com artistas desde a Coreia do Sul à América do Sul.

Nas Fontes vão estar os grupos BCUC, Collignon, Verde Prato, Yeli Yeli, Rastafogo, Haepaary, Insan Insan, O., El Khat, La Tremenda Sonora, Arapucagongon, Rizan Said e Claiana, formações que, no total, integram músicos de 18 nacionalidades.

Pensado para convidar o público a refletir sobre temas como a vulnerabilidade, a empatia ou a resiliência, o festival promove seis passeios sonoros coordenados por Luís Antero, numa atividade de imersão na paisagem.

O cenário do território onde nasce o rio Lis vai inspirar também uma instalação original, a partir das “estórias e mitos guardados na memória coletiva dos habitantes da Fontes”.

Oficinas, jogos e um ‘fanzine’ inspirado no lugar completam as propostas para esta edição do festival, que, com exceção da Jantarada d’Aldeia, tem entrada livre.