"Lisboa 22:38 - Ao Vivo No Coliseu" é constituído por 19 temas, entre eles "Flagrante", "Fado da Bela Vida", "Guia", "Barroco Tropical", e "A Casa Fechada" com que abriu o concerto, um poema de João Monge na música do Fado Triplicado, de José Marques.

Zambujo neste concerto interpretou na música do Fado Perseguição de Carlos da Maia, o conhecido tema de Vinicius de Moraes e Baden Powell, "Apelo", fechando o álbum com "Despedida", uma letra de António Calem na música da Marcha do Marceneiro, de Alfredo Marceneiro. Este não é o único tema tradicional que interpreta, um outro é a Marcha do Correeiro, de Alfredo dos Santos para o poema "Não me dou longe de ti", de Monge.

António Zambujo, de 38 anos, já com cinco álbuns editados, recebeu o Prémio Amália para o Melhor Fadista, em 2006, iniciou a carreira no final da década de 1990, tendo participado, em 1999, no musical "Amália", de Filipe la Féria, no qual interpretou o papel de "Francisco da Cruz", o primeiro marido de Amália Rodrigues. Em 2002 estreou-se discograficamente com o álbum "O mesmo fado", editado pela Ocarina.

Neste espetáculo no Coliseu lisboeta, Zambujo acompanhou-se a si próprio à guitarra clássica e partilhou o palco com Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Jon Luz (cavaquinho e guitarra clássica), José Miguel Conde (clarinetes), Ricardo Cruz (contrabaixo) e a participação de uma grupo de cante alentejano que o acompanhou em alguns dos temas.

O álbum, editado pela Universal Music, inclui alguns temas compostos pelo próprio Zambujo, nomeadamente "Noite Estrelada", um poema de Monge, "Em Quatro Luas", de Aldina Duarte, "Flagrante" e "A tua frieza gela", de Maria do Rosário Pedreira.

O músico tinha já incluído no álbum anterior, "Quinto", editado em abril do ano passado, alguns temas gravados ao vivo na Casa das Artes, em Sines.

António Zambujo atua na próxima quinta-feira no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e na sexta-feira no Cineteatro Avenida, em Castelo Branco.

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