O evento arranca no Dia Mundial da Música e vão ser nove os concertos no total, mais dois do que em 2023.

O Teatro Municipal de Bragança vai acolher cinco dos nove espetáculos agendados. Os outros quatro acontecem na Igreja de Santa Maria de na Igreja de São Francisco, parte do património histórico brigantino.

“Há esta vontade de cada vez mais criar ligações com Bragança, com os músicos e com a comunidade. Isto também pela programação, com textos explicativos escritos por musicólogos daqui que vão ouvir. Isto cria uma consciência cada vez maior e vai criando uma massa crítica”, explicou na segunda-feira o pianista Filipe Pinto-Ribeiro.

O evento posiciona-se como sendo aberto para todos e tem alguns concertos grátis. A edição de 2023 recebeu cerca de 2.500 espetadores, número que a organização espera superar.

“A música clássica mantém a sua atualidade ao longo dos séculos. É, com certeza, uma música democrática. Para quem conhece ou para quem não conhece e passa a conhecer”, observou Filipe Pinto-Ribeiro.

O festival abre com as irmãs Samuil, que vão apresentar o seu último projeto discográfico, “Il Mondo Felice”, em Portugal, em exclusivo, para estarem presentes no nordeste transmontano.

O programa passa pelos 50 anos do 25 de Abril, os 500 anos de Luís Vaz de Camões e uma homenagem ao compositor e pianista António Victorino d’Almeida, pelos 70 anos de carreira.

Bragança recebe ainda a Orquestra Sinfónica de Paris “Consuelo”, com a colaboração de Gabriela Silva, professora no Conservatório de Música e Dança de Bragança, e a Orquestra Barroca de Veneza “Solisti Venneti”.

Estão de volta as masterclasses e encontros dirigidos aos estudantes e músicos da região, que vão ter a oportunidade de estar com os artistas presentes no festival.

“É a consolidação do evento. A quarta edição continua a manter a qualidade e a excelência em altos níveis”, partilhou João Cunha, diretor do Teatro Municipal de Bragança.

O teatro está a celebrar 20 anos de existência em 2024 e Cunha considerou o Classic Fest como “parte da caminhada” do espaço cultural.

Já para Paulo Xavier, presidente da câmara de Bragança, que apoia o evento, este continua a destacar-se como sendo um palco privilegiado “pela força e amplitude a nível nacional e internacional”.