Em declarações à agência Lusa, o maestro Artur Pinho Maria, responsável pela direção artística do espetáculo, afirmou que a apresentação reúne imagens, música e dança, que falam sobre os quatro elementos (água, terra, ar e fogo) e abordam a questão ambiental.

O concerto conta com a participação de Cuca Roseta, Cordis, Leonor Barbosa de Melo (soprano), Guilherme Perez Marques (tenor), assim como do Coro dos Antigos Orfeonistas, Coro Sinfónico Inês de Castro, Coro Infantil Coimbra Cantat, da Orquestra Inês de Castro e da Escola de Dança Rita Grade / Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC).

Segundo Artur Pinho Maria, os artistas irão intervir em diferentes momentos do espetáculo, para além das atuações em conjunto de mais de um grupo, simbolizando a parte que cada pessoa pode fazer pelo ambiente, tanto individual como coletivamente, estando ainda programados dois momentos finais em que participarão todos juntos.

O evento é organizado pela Comissão Diocesana de Justiça e Paz, pelo Rotary Clube Coimbra – Olivais e pela Câmara Municipal de Coimbra, contando com o apoio da APP – A Previdência Portuguesa.

Na conferência de imprensa para apresentação do Concerto pela Terra, que decorreu na manhã de hoje, no CSF, o presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz, José dos Santos Cabral, afirmou que o montante arrecadado com a venda dos ingressos será revertido para a Unicef.

Já o presidente do concelho de administração d´A Previdência Portuguesa (APP), António Martins de Oliveira, revelou que, além de oferecer bilhetes a algumas instituições da cidade, a APP irá disponibilizar duas entradas a quem constituir uma poupança na associação.

“Lançamos uma campanha de apoio à Unicef através da qual oferecemos dois bilhetes para o espetáculo para quem constituir uma poupança na APP, integrando respetivamente uma doação a Unicef Portugal por cada subscrição”, elucidou.

Margarida Mesquita de Carvalho, presidente do Rotary Clube Coimbra – Olivais, por sua vez, falou sobre como o espetáculo pode passar ao público não apenas uma mensagem de alerta, mas também de esperança.

“Esperamos que a mensagem subjacente a este evento seja compreendida pelo público como um sinal de alerta, de sensibilização, de urgência, cuidarmos todos da Terra, que é a nossa casa comum, e é também uma mensagem que queremos que esteja revestida de esperança, porque entendemos que, como em qualquer outra situação, só é possível obter resultados se todos estivermos esclarecidos e imbuídos do mesmo espírito positivo para agir e para concretizar resultados”.

Segundo um comunicado de imprensa do evento, “neste Concerto Pela Terra evoca-se ainda de forma muito vívida a tragédia e o flagelo dos grandes incêndios de 2017 que vitimaram 116 pessoas, queimaram milhares de hectares, destruindo floresta, fauna, povoações e casario”.

“Lembrar 2017 é lembrar que esses incêndios são, provavelmente, o primeiro grande fenómeno que todos, coletivamente, testemunhámos como manifestação das alterações climáticas”.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, por sua vez, ao falar sobre as alterações climáticas e as questões ambientais, afirmou que, “antes, durante e depois” do concerto, os espetadores têm a oportunidade de refletir sobre as ações individuais e os “pequenos sacrifícios” do dia a dia para a preservação do planeta.