Tó Trips e Pedro Gonçalves decidiram formar os Dead Comboem 2001, no final de um concerto (do norte-americano Howe Gelb). Dez anos depois, a dupla compõe uma das bandas nacionais mais aplaudidas e, durante parte desta manhã, esteve disponível para responder a questões dos utilizadores do SAPO:
"Lisboa Mulata" sucede a "Vol. 1" (2004), "Vol. 2 - Quando a Alma Não É Pequena" (2006) e "Lusitânia Playboys" (2008). Tal como estes, volta a propor uma viagem quase sempre instrumental por sonoridades e geografias díspares, convocando interligações entre o rock, o blues, o jazz ou música de bandas sonoras. Ou ainda sonoridades africanas, talvez a maior novidade de um disco em boa parte assente na guitarra mulata, criada em Lisboa, nos anos 1950, por um mestre de uma escola de guitarras (e que pode ouvir-se no vídeo abaixo).
Além deste pequeno instrumento, "Lisboa Mulata" destaca-se pelas colaborações de Camané (em "Ouvi um Texto Muito ao Longe", partindo de um texto de Sérgio Godinho), do guitarrista norte-americano Marc Ribot e do baterista brasileiro Alexandre Frazão.
As canções de "Lisboa Mulata" podem ouvir-se no álbum e também em alguns palcos, uma vez que os Dead Combo já contam com alguns concertos de apresentação agendados. A dupla atua a 14 de outubro no Hard Club, no Porto, no dia seguinte no festival Sintra Misty e no dia 22 no Theatro Circo, em Braga.
Antes dos concertos, veja o pequeno aperitivo que os Dead Combo ofereceram à redação do SAPO, onde tocaram "Esse olhar que era só teu", uma das canções de "Lisboa Mulata":
Os Dead Combosucedem a artistas como Sérgio Godinho, Rita Redshoes, Maria João, Clã, Zé Pedro, David Fonseca, Peaches, Lloyd Cole, Manel Cruz, Ana Moura e The Legendary Tigerman como editores do SAPO Música. O SAPO Música vai continuar a convidar figuras marcantes das mais diversas áreas do panorama musical português e internacional para que tragam o seu conhecimento e as suas opiniões ao site, enriquecendo-o com a sua experiência e visão do mundo da música.
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