Horselaughter começou por ser um projecto pessoal de Filipe Ferreira que, anteriormente, apenas havia participado nos Oddawn, colectivo que existiu durante cerca de 6 anos e que teve como única actividade a preparação de uma banda sonora alternativa para o filme "Tren de Sombras", do realizador catalão José Luís Guerin.
Após algumas apresentações em Portugal e Itália e prolongadas sessões de gravação do trabalho (não editado), o projecto acabou por se separar por indisponibilidade dos membros.
Depois deste longo período a trabalhar com um grupo que chegou a incluir sete elementos, Filipe Ferreira optou então por iniciar um novo projecto assente num processo radicalmente diferente, começando a trabalhar sozinho em sessões de retiro na aldeia de Paredes da Beira (Alto Douro).
Decorria o ano 2007 e eram os primeiros passos de um percurso ainda não totalmente definido mas que se foi construindo progressivamente em torno da ideia de abordar histórias de certo modo cinematográficas, memórias antigas, evocar fantasmas e abraçar a estética de artistas como Tom Waits, Nick Drake ou, sobretudo, Sparklehorse.
Horselaughter, o nome do projecto, foi retirado do tema "Spirit Ditch", do álbum "Vivadixiesubmarinetransmissionplot", e o suicído de Mark Linkous em Março de 2010 levou a que "I was a ghost, then"acabasse por se tornar num disco de homenagem ao influente músico norte-americano.
Gravado num estúdio caseiro durante os anos 2008 a 2010, o disco foi testado em alguns concertos iniciais com uma formação de quatro elementos no princípio de 2010 e concluído no final do mesmo ano, já com a ajuda de Inês Lamares (ex-Borland) e Paulo Miranda (Amp Studio).
O ano de 2010 trouxe ainda o início da colaboração com Miguel Gomes (aka Complicado), músico de Mindelo que editou o álbum "Haunted" pela Borland em 2005, integrou os Old Jerusalem em diversos concertos e colabora actualmente com os Rose Blanket enquanto prepara o segundo disco do projecto Complicado. Partindo da mera participação em alguns temas, a colaboração foi-se estreitando até Miguel Gomes passar a integrar os Horselaughter de forma mais definitiva. Por outro lado, Filipe Ferreira começou também a actuar com o projecto Cavalheiro nas apresentações ao vivo, colaboração que se deverá manter em 2011.
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