O duplo CD, editado esta semana, reúne 43 temas interpretados por Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro ou Hermínia Silva, ao lado de nomes da atualidade como Marco Rodrigues, Ana Moura ou Cristina Branco.
Segundo a nota da discográfica, o primeiro CD, que reúne 24 nomes, referencia “os maiores artistas da atualidade”, enquanto o segundo CD retoma “as grandes figuras históricas”.
O CD 1 abre com Mariza que interpreta um tema de Amália Rodrigues, “Lavava no rio lavava”, e inclui ainda os nomes de Mafalda Arnauth, que canta um tema do repertório de Hermínia Silva, “Tendinha”, e Helder Moutinho.
Neste CD surgem ainda Cuca Roseta, que interpreta “Rua do Capelão” que cantou no filme de Carlos Saura “Fados”, e Dina Tereza, com um tema originalmente intitulado “Novo Fado da Severa” (Júlio Dantas/Frederico de Freitas), que integrou a banda sonora do primeiro filme sonoro português, “A Severa”, de Leitão de Barros.
Outros nomes deste disco são Ricardo Ribeiro, distinguido este ano com o Prémio Amália para o Melhor Fadista, Filipa Cardoso, Ana Laíns, Joana Amendoeira, Diamantina e Gonçalo Salgueiro, que canta “O Fado chora-se bem”.
Ana Marta, distinguida este ano com o Prémio Amália Revelação, Rute Soares, Miguel Capucho, Tânia Oleiro, Maria Ana Bobone, Cláudia Leal, Rodrigo Costa Félix e Patrícia Rodrigues são outros nomes da atualidade que integram este primeiro CD.
José da Câmara aparece também neste primeiro CD, interpretando “Canto o Fado”, estabelecendo uma ponte para o segundo disco, de “históricos”, que integra o seu pai, Vicente da Câmara, distinguido há dois anos com o Prémio Amália Carreira, que canta o “Fado João”.
O CD 2 totaliza 21 figuras, entre elas o ator João Villaret, que declama “Fado falado”, os cantores de Coimbra Luiz Goes e Fernando Machado Soares, e ainda o guitarrista Carlos Paredes, que interpreta “Verdes Anos”, tema homónimo do filme realizado por Paulo Rocha, que marcou a emergência do cinema novo português, nos anos de 1960.
Este CD inclui também Lucília do Carmo, que interpreta “Madragoa”, e o seu filho, Carlos do Carmo, embaixador da candidatura do Fado, que canta “Um homem na cidade”.
Entre os “históricos” escolhidos encontram-se Maria da Fé, que interpreta um tema de Amália, “Naufrágio”, Argentina Santos, Carlos Ramos, Max, João Braga e Teresa Tarouca.
Outros nomes são António Pinto Basto, Francisco José, Fernando Farinha, o único fadista “coroado” Rei da Rádio, em 1963, e Fernanda Maria, que interpreta “Coração".
As gravações oscilam entre 1955 e 2011, sendo as mais antigas de Alfredo Marceneiro, "Casa da Mariquinhas”, Vicente da Câmara, “Fado João”, e de Maria Teresa de Noronha, "Fado do Castanheiro", todas de 1955.
Havendo gravações de cada uma das décadas de 1950 até ao século XXI, a mais recente foi efetuada este ano por Cláudia Leal, que gravou “As mãos que trago”, de Cecília Meirelles e Alain Oulman, uma criação de Amália Rodrigues.
Este duplo CD da Farol inclui gravações de distintas discográficas, algumas já desaparecidas como a Rouxinol e a Alvorada.
@Lusa
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