O festival, que decorrerá até 5 de outubro no Convento de São Francisco, abre no dia 27 com o concerto “A conta que Deus fez”, de João Farinha, um disco “atento a olhar e a acolher a tradição, mas consciente de uma missão que corresponde ao alargar de horizontes e ao ultrapassar de fronteiras”, assinalou, em nota de imprensa, o município de Coimbra.

O programa dos dias seguintes inclui, no dia 28, o espetáculo “Melancolia”, pelas cordas da guitarra do jovem Francisco Zargalo, acompanhado por Anselmo Batista, Simão Mota, Tiago José Rodrigues, Luis Carvalho e Francisco Cidade.

“Um espetáculo dedicado a Artur e Carlos Paredes, António Portugal e António Brojo, Octávio Sérgio, Jorge Tuna ou Francisco Martins, entre outros, que deixaram um legado que deixa explícita a versatilidade da guitarra de Coimbra”, adianta o comunicado.

Já o concerto “Regresso” agendado para domingo, dia 29, a partir das 18h00, pelo trio Alvorada, grupo composto por António José Moreira, Ricardo Dias e Pedro Lopes, antecipa a comemoração do centenário do nascimento de Carlos Paredes, previsto para 2025.

A programação do festival “Correntes” continua no Dia Mundial da Música, a 1 de outubro, com a apresentação da primeira fase dos registos do Arquivo Sonoro do Fado e da Canção de Coimbra, por Tiago Pereira – A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, instalação audiovisual que ficará disponível até ao final do evento.

Entre outras propostas, a celebração do Dia Mundial da Música encerra a partir das 21h30, na sala D. Afonso Henriques, do Convento de São Francisco, com um espetáculo do duo Sampladélicos onde estes “interrogam práticas musicais e sonoras”.

Num festival que, segundo a Câmara Municipal, “mantém vivo e projeta para o futuro o património singular de Coimbra que é o fado e a sua canção”, a organização desafiou a Tarrafo – Associação Cultural “a conceber um espetáculo teatral e musical com a questão ou premissa futurista: o Fado e a Canção de Coimbra nos 100 anos do 25 de Abril de 1974”.

A estreia absoluta deste espetáculo está marcada para 2 de outubro, para as escolas às 10h00 e público em geral às 21h30, com repetição no dia seguinte.

Outras propostas passam por “Cantigas de Amor a gostarem delas próprias” (sexta-feira, 4 de outubro), o espetáculo “Saudade”, uma viagem à sonoridade de Carlos Paredes pela harpista Maria Sá Silva, na tarde de Sábado ou a 8.ª edição da Grande Noite do Fado e da Canção de Coimbra, numa organização conjunta da autarquia e do coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra.

A iniciativa, segundo o município, “celebrará, uma vez mais, no palco do Grande Auditório, pelas 21h30, o legado do Fado e da Guitarra, num quadro dinâmico de coexistência entre tradição e modernidade, numa simbiose de estéticas e correntes diversas, embora respeitando a sua identidade”.