Orquestra de Jazz de Matosinhos, Jeffery Davis a solo e as formações de Mário Delgado, Eduardo Cardinho e Francisco Gomes vão atuar na Marinha Grande até ao início de outubro, numa edição marcada pela mescla de artistas e diversidade de palcos.

“O festival de jazz teve início em algum tecido associativo, nomeadamente no Sport Operário Marinhense. Portanto, nesta décima edição, era muito importante que retornasse onde começou e que houvesse esta ligação, quer a outros locais da cidade, e não só ao Teatro Stephens, quer ao tecido associativo”, explicou à agência Lusa o programador do festival e diretor do teatro da Marinha Grande, Carlos Veríssimo.

Pelo Auditório José Vareda, do Sport Operário Marinhense, e também pelo Museu Joaquim Correia, passam alguns concertos deste ano, num sinal “daquilo que poderá ser o futuro”, alargando o festival “a outros locais, não só na Marinha Grande, mas também a outras localidades do concelho”.

Segundo Carlos Veríssimo, o programa foi definido para conter “alguns artistas de referência” e “artistas emergentes, quer da Marinha Grande, quer da cena nacional, e um nome internacional, que está em Portugal”, no caso Jeffery Davies.

A intenção “não foi tanto a uniformização de um programa estético, mas termos assim uma oferta mais eclética, que possa atrair bastante público da área do jogo”.

No futuro, o município da Marinha Grande, que promove o festival, pretende envolver na direção artística instituições da região: “Esse será o passo seguinte, ou seja, interessar mais pessoas, que essas pessoas e essas instituições e agentes culturais da região também se empenhem, e que num futuro próximo também possam tomar conta um pouco do festival, torná-lo deles”.

Neste ponto de viragem do festival, “era importante respeitar o que foi feito até aqui, mas também lançar uma base para alguma coisa que seja uma ideia de futuro”, concluiu Carlos Veríssimo.

O Festival de Jazz da Marinha Grande começa com o trio do guitarrista Mário Delgado, que apresenta no Auditório José Vareda, na sexta-feira, “Filactera”, lançado em 2002.

Ainda neste primeiro fim de semana, no sábado à tarde, o Museu Joaquim Correia recebe o vibrafonista Jeffery Davis.

No dia 28 de setembro, o Francisco Gomes Quinteto apresenta-se no Auditório José Vareda, e no dia 29 a Orquestra Jazz de Matosinhos atua no Teatro Stephens, com direção de Pedro Guedes.

A fechar o festival, dia 01 de outubro o Auditório José Vareda recebe o quinteto do vibrafonista Eduardo Cardinho, que leva à Marinha Grande o mais recente projeto, “Not far from paradise”.