Rosalía era uma das artistas com mais nomeações e saiu da cerimónia com quatro prémios.
Os outros dois gramofones mais cobiçados da noite, Gravação do Ano e Canção do Ano, foram entregues a Jorge Drexler e C. Tangana, com a música "Tocarte".
"Eu não esperava isto", afirmou Drexler, que saiu da festa com sete estatuetas, numa noite que muitos consideravam Bad Bunny como o grande favorito.
O porto-riquenho Bad Bunny venceu cinco gramofones das 10 nomeações que recebeu, incluindo o prémio de melhor fusão/interpretação urbana com "Tití me preguntó".
Drexler venceu ainda com "Tinta y Tiempo" na categoria de melhor álbum de cantautor, além de melhor canção alternativa, melhor canção em língua portuguesa - em parceria com Marisa Monte - e melhor canção pop, categoria em que houve um empate com o colombiano Sebastián Yatra por "Tacones Rojos".
Um dos momentos emocionantes da noite foi o prémio de artista revelação, um empate entre a cubana Ángela Álvarez, de 95 anos, e a jovem mexicana Silvana Estrada.
"Nunca é tarde", disse Álvarez, que começou a carreira depois dos 90 anos e foi muito aplaudida.
Prémios da língua portuguesa
Antes da cerimônia principal, a Academia celebrou a tradicional Premiere, quando são anunciadas quase todas as categorias dos prémios, incluindo as dedicadas à língua portuguesa.
Liniker venceu o Grammy Latino de Melhor álbum de música popular brasileira com "Indigo Borboleta Anil".
"Hoje algo histórico acontece para a história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgénero ganha um Grammy", disse Liniker, sem conter as lágrimas.
A artista também agradeceu à sua equipa. "Eles estão comigo desde o início, sonhando junto comigo".
Outra artista que venceu o primeiro Grammy Latino foi Ludmilla, que triunfou na categoria "Melhor Álbum de Samba/Pagode" por "Numanice 2". "Nunca imaginei (...) lutei muito e agora estou aqui", disse.
Alceu Valença, Erasmo Carlos e Chitaozinho & Xororó também venceram nas categorias anunciadas na pré-cerimónia.
A Academia Latina de Gravação também prestou uma homenagem póstuma a Gal Costa, ícone da música brasileira e musa do tropicalismo, que morreu na semana passada aos 77 anos.
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