Ao quinto disco podemos encontrar, nestas novas canções, muito do que tem sido a raiz da música de Carmen Souza: uma diversidade de estilos, ligados entre si pela improvisação e pelas histórias próximas da cantora - que podem tornar-se em histórias de todos nós.
"O jazz é a criação em tempo real, aquilo que se ouve no disco pode-se ouvir de forma diferente ao vivo. E isso é bom, porque todos os dias estamos a refrescar os temas. Para quem prova a kachupa pode acontecer o mesmo. Podemos comer uma kachupa feita em Cabo Verde e outra feita em Portugal e elas são diferentes, ou seja, existe uma receita base, mas depois a mão de quem cozinha é que vai dar o gosto ao prato. Não há uma kachupa igual a outra”, conta a cantora cabo-verdiana.
Neste disco surgem alguns temas de terceiros conhecidos do grande público, o que torna o trabalho mais fácil de ouvir - é o caso de "My favourite things", "6 on na tarrafal", "Dona Lee", ou "Ivandira". Apesar de serem temas mais simples, Carmen não deixou de lhes "trocar as voltas", deu às mornas um toque mais "jazzy" e às canções jazz um cheiro a Cabo Verde. Depois do disco, o resultaado poder ser apreciado ao vivo em novembro, mês em que a cantora vai agendar uma digressão por palcos portugueses.
@Edson Vital
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