Inserido na digressão, que passou, em Julho do ano passado, pelo Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, o espectáculo, assumidamente dedicado à exaltação do poder, do sexo, da religião e da espiritualidade, terá a duração aproximada de duas horas, ao longo das quais serão interpretados sucessos como Blue Raincoat, Dance me to the end of love, Bird on the Wire, Closing Time, Sister of Mercy, I’m your man, So long, Marianne, Suzanne eHallelujah.

À semelhança do que tem sucedido em quase todos os locais por onde o artista tem passado, a aguardar Leonard Cohen à porta do recinto estarão vários membros do Comité de Solidariedade com a Palestina, cuja intenção passa por persuadi-lo a cancelar o concerto em Telavive, agendado para o próximo dia 24 de Setembro. Na opinião dos manifestantes, o concerto de Cohen não deverá entreter um país “manchado de sangue” pelas mortes ocorridas na faixa de Gaza, ainda que as suas receitas revertam a favor de uma fundação de defesa da paz e da tolerância naquela região – como é a intenção do cantor e compositor.

Está será a quarta actuação de Cohen em território luso, depois da sua estreia, em 1985, no Pavilhão Dramático, em Cascais; do seu regresso em 1988 e, mais recentemente, da sua actuação em Março de 2008.

Aos 74 anos de idade (Cohen nasceu a 21 de Setembro de 1934, no berço de uma família judia da classe média de Montreal), o músico já conta com 18 álbuns editados - três dos quais colectâneas. “Live in London”, lançado no ano passado, é o último registo da sua carreira.

Ainda à venda, os bilhetes para o concerto custam entre €20 e €75.

Sara Novais