O primeiro do MEO Marés Vivas 2024 foi protagonizado por boybands que poderiam ter encabeçado o festival nos anos 1990 ou no início da primeira década dos anos 2000.Os portugueses D’ZRT e os britânicos Take That estrearam-se no Palco MEO esta sexta-feira, dia 19 de julho, e levaram a multidão a viajar pelas boas memórias do passado.
Depois de SYRO e dos D.A.M.A aquecerem os festivaleiros, às 21h45, foi a vez dos Take That subirem ao palco do festival de Vila Nova de Gaia. O concerto da boyband britânica, que atualmente é composta por Gary Barlow, Mark Owen e Howard Donald, faz parte da digressão europeia “This life under the stars”, que conta com 41 datas e mais de 700 mil bilhetes vendidos este ano.
Em palco, o grupo viaja por três décadas de músicas, entre clássicos e canções mais recentes. Na viagem pela sua história, os músicos ignoram Robbie Williams - a separação não foi pacífica.
Veja as fotos do concerto:
Sem a energia de outros tempos, a banda faz-se valer dos grandes sucessos. Em Portugal, Gary Barlow, Mark Owen e Howard Donald foram recebidos com especial carinho e entusiasmo - muitos dos fãs ouviram pela primeira vez ao vivo os temas que tocaram durante horas nos seus discmans ou que foram banda sonora de viagens no carro.
A viagem começou em 2008 com "Greatest Day", do disco "The Circus". “Boa noite, Porto. Nós somos os Take That”, disse o vocalista, em português.
Seguiu-se "Giants" e "Everything Changes", editada em 1993 - e é verdade que nos últimos 30 anos tudo mudou para os Take That e no mundo da música. Apesar das revoluções (internas e externas à banda), eles continuam na estrada e a conquistar milhões de fãs para os seus concertos.
Entre canções, os britânicos conversaram com o público e até repararam num cartaz insólito de uma fã e onde se podia ler: "Tenho as cuecas molhadas por vocês há 34 anos". "Sua marota, demorámos apenas 34 anos, mas chegámos", gracejou a banda.
Na viagem nostálgica, os corações dos festivaleiros palpitaram com “"A Million Love Songs" e “I Found Heaven”, temas do álbum de estreia dos britânicos (“That & Party”, de 1992). Depois de "Pray", as vozes soltaram-se com toda a força para "How Deep Is Your Love" e "Patience", que garantiu um dos momentos de maior celebração da noite - e não foi só a geração que cresceu a ouvir os Take That que cantou.
O coro continuou afinado para "The Flood". Depois de "Get Ready for It", o grupo saltou para o presente com "Windows" e "This Life", temas do disco editado em 2023 - mas o público esmoreceu; queriam mais hits do passado.
"These Days" e "Hold Up a Light" também não ficaram de fora, mas foi "Back for Good" que voltou a conquistar os festivaleiros.
“Obrigado, Porto. Esperamos ver-vos em breve”, disseram antes do final com “Never Forget" e "Rule the World".
A energia de Gary Barlow, Mark Owen e Howard Donald já não é a mesma. Os grandes êxitos são o grande e único triunfo e, para muitos dos fãs, é o suficiente para recordar durante uma hora e meia a adolescência. Depois da ‘revenge of the 90s’, é hora de regressar ao presente.
"Soltar a energia em mim, yeah"
Depois dos Take That, houve uma renovação de público nas primeiras filas. Em minutos, no MEO Marés Vivas, a década mudou e a música também. Os D’ZRT subiram ao palco do festival às 23h45 e garantiram um final de noite em clima de festa.
A banda, criada na série de televisão “Morangos com Açúcar”, regressou aos palcos em 2023 numa digressão que levou mais de 120 mil pessoas a 12 salas lotadas por todo o país, depois de se terem separado em 2008 após editar dois álbuns de originais “D’ZRT” e “Original”.
A decisão de se voltarem a juntar foi certeira e a reação do público comprova-o. Do início ao fim do concerto, todos cantaram a uma só voz os temas que marcaram a primeira década dos anos 2000. Alí, no MEO Marés Vivas, a geração “Morangos” voltou à adolescência e viveu e sentiu todos os versos das canções - muitas delas, certamente, ligadas a histórias de amor dos tempos do secundário.
Veja as fotos do concerto:
Para o festival, os D’ZRT apostaram num alinhamento com todos os sucessos e trouxeram convidados especiais - Mariana Pacheco, SYRO e Miguel Magalhães subiram a palco para 'rever a matéria'. "Para Mim Tanto Me Faz", "Verão Azul" e "Querer Voltar" foram os singles mais celebrados.
No MEO Marés Vivas, a banda portuguesa contagiou tudo e todos com a sua energia e alegria em palco. Podem ter estado longe dos holofotes durante 15 anos, mas não perderam o talento de comandar multidões e em setembro regressam com "A Reunião", desta vez em Coimbra - saiba mais aqui.
Ao final da tarde e a abrir o Palco MEO, SYRO apresentou os principais temas da sua carreira, como “Casa”, "Perto de Mim", "Acordar" ou "Brutos Diamantes" (com Bispo). Para o concerto, o músico convidou David Carreira (“Coração”) e a sua companheira Mariana Pacheco (“Dor de Amar”).
Às 20h00, foi a vez dos D.A.M.A animarem o MEO Marés Vivas. No festival, Kasha Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho jogaram todas as cartadas com um alinhamento carregado de sucessos que somam milhares de reproduções nos serviços de streaming de músico. O público acompanhou a banda verso a verso e as vozes ouviram-se com considerável eco.
O MEO Marés Vivas regressa este sábado, dia 20 de julho, a Vila Nova de Gaia. No segundo dia, o palco principal caberá ao britânico James Arthur, que já marcou presença noutras edições, e ao norte-americano Ben Harper que, depois de 14 anos, volta a atuar neste festival, assim como à artista portuguesa Marisa Liz e ao cantor e compositor inglês Rag’n’Bone Man.
Soraia Tavares, Insert Coin, Jel, Jonas e Dagu compõem o cartaz deste dia.
A 16.ª edição do Marés Vivas encerra com a banda escocesa de rock alternativo Snow Patrol, que também se estreia neste festival, tal como Louis Tomlison, que fez parte dos One Direction.
Além destes artistas internacionais, o terceiro e último dia do festival contará com a presença no palco principal dos portugueses Ornatos Violeta, que já por aqui atuaram em 2019, e António Zambujo com as músicas “Pica do 7” ou “Lambreta”.
Os artistas Rúben Branco, Diana Castro, Mundo Segundo & Convidados ou Jura preenchem, neste dia, os restantes palcos espalhados pelo recinto.
Ao longo dos três dias haverá, às 19h00 e 1h15, a atuação da Orquestra Bamba Social, grupo do Porto que apresenta trabalhos autorais e revisita clássicos da música brasileira a que acrescenta sonoridades de outros estilos como jazz, funk e hip-hop.
Durante o Marés Vivas, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vai disponibilizar um serviço vaivém que, entre as 16h00 e as 4h00, fará a ligação entre os Aliados (Porto) e a entrada do recinto.
Com início na baixa do Porto, os autocarros afetos a este serviço especial passarão pela ponte do Infante, rua Conselheiro Veloso da Cruz e Quinta do Fojo, num total de 20 paragens até ao destino.
Os horários dos concertos, bem como outras informações sobre o festival, estão disponíveis online em https://maresvivas.meo.pt/pt.
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