"Titane", de Julia Ducournau, é um dos filmes mais falados em Cannes. "Petrov's Flu", do dissidente russo Kirill Serebrennikov, e "Mi Iubita Mon Amour", a estreia da atriz Noémie Merlant, foram outros destaques.
Ryusuke Hamaguchi apresentou "Drive My Car", um dos favoritos à Palma de Ouro, enquanto Mia Hansen-Love estreou uma desilusão chamada "Bergman's Island".
O festival viu mais dois filmes que concorrem à Palma de Ouro, "Flag Day", filme pessoal onde Sean Penn também contracena com a filha, e "Tre Piani", do italiano Nanni Moretti.
Cannes continua a respirar cinema: o holandês Paul Verhoeven regressou com um "Benedetta" que dará muito que falar, os americanos Tom McCarthy e Matt Damon surpreendem com "Stillwater" e o norueguês Joachim Trier tem uma pequena joia em "Julie (en 12 Chapitres)".
Acompanhando o dia a dia do maior festival de cinema do mundo, Hugo Gomes escreve para o SAPO Mag sobre o regresso do cinema à Croisette após a paragem forçada pela pandemia.
Depois de passagens em festivais como os de Gotemburgo, Tóquio, São Paulo e recentemente Santa Maria da Feira, “O Último Banho” chega aos cinemas portugueses com uma história de impureza e impulsos.
Do mesmo autor de “Hamilton” e do realizador de inúmeros “Step Up” e do grande sucesso “Asiáticos Doidos e Ricos”, este musical espalha representação e diversidade numa Hollywood que ainda pensa a branco.
Depois de “Linha Vermelha”, um elogiado documentário que reencontrava os protagonistas da ocupação de grande herdade Torre Bela, realizador encena uma falhada jornada de "doutrinadores" por terras desocupadas do Ribatejo.
Bruno Gagliasso, galã de novela da Globo, é convertido num sujeito “escória”, como o próprio destaca, em “Marighella”, o filme de Wagner Moura que estreia esta semana em Portugal.
Vencedor do Festival de San Sebastian, eis uma obra que nos promete uma viagem atribulada aos medos profundos de uma mulher reduzida a ser apenas esposa e mãe.