A Netflix está a produzir uma série documental de 50 Cent sobre as acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição contra Sean “Diddy” Combs. Segundo a revista Variety, o projeto conta com realização de Aexandria Stapleton e está atualmente em produção.

“Esta é uma história com impacto humano significativo. É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou os vídeos vistos até agora", explicaram 50 Cent e Stapleton em declarações à publicação. "Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e da sua cultura. O nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura", acrescentam.

O rapper 50 Cent anunciou pela primeira vez que iria produzir uma série documental com a G-Unit em dezembro de 2023, momento em que Diddy foi processado por quatro mulheres.

Na semana passada, um juiz recusou conceder uma caução a Sean ‘Diddy’ Combs, argumentando que o Ministério Público apresentou “provas claras e convincentes” sobre uma possível interferência com as testemunhas.

O juiz distrital Andrew L. Carter proferiu a decisão depois de os procuradores e os advogados de defesa terem apresentado argumentos em relação à uma caução de 50 milhões de dólares que permitiria a Combs ser colocado em prisão domiciliária com vigilância por GPS e limitações rigorosas sobre quem o poderia visitar.

O Ministério Público acusou o músico de tráfico sexual, extorsão e outros crimes.

Combs, de 54 anos, declarou-se inocente, a 17 de setembro, depois de o Ministério Público o ter acusado de usar o seu “poder e prestígio” para induzir vítimas femininas – que eram drogadas - e trabalhadores do sexo masculino a realizarem performances sexuais, chamadas de “Freak Offs”.

A acusação alega que o magnata da música coagiu e abusou de mulheres durante anos, com a ajuda de uma rede de associados e funcionários, enquanto usava chantagem e atos violentos, incluindo raptos, incêndios criminosos e espancamentos físicos, para impedir as vítimas de se manifestarem.

Combs está sob custódia federal desde a sua detenção na noite de 16 de setembro, num hotel em Manhattan.