Adaptada do texto do dramaturgo, encenador e realizador de cinema francês Ivan Calbérac, a peça estreou-se em fevereiro em Lisboa, onde esteve em cena durante quatro meses, e vai chegar ao Porto no próximo ano para uma temporada que decorrerá até ao dia 26 de março, anunciaram os produtores do espetáculo.
Esta comédia, que junta os atores José Pedro Gomes, Aldo Lima, Inês Castel-Branco e Inês Sá Frias, centra-se no sr. Henrique, um septuagenário mal-humorado que vive sozinho no seu apartamento em Lisboa.
Após uma indisposição do sr. Henrique, personificado por José Pedro Gomes, o seu único filho, Paulo (Aldo Lima), considera que o pai não tem condições para viver sozinho na casa que habita, em Lisboa, convencendo-o a alugar um quarto evitando assim que seja colocado num lar.
O homem acaba por ceder às condições impostas pelo filho, aceitando repartir a sua casa com uma desconhecida, de nome Constança (Inês Sá Frias), uma jovem estudante, bela, bem-disposta, de recursos escassos e completamente perdida.
O sr. Henrique vai usá-la para pôr em prática um estranho plano que acabará por provocar o caos no seio da família: com um ódio visceral pela nora, Vitória (Inês Castel-Branco), vai ceder o quarto à estudante gratuitamente, por um período experimental de seis meses, desde que ela seduza o filho Paulo, de modo a terminar com o casamento deste.
“Uma comédia enternecedora sobre a fragilidade dos laços familiares, a bagagem que carregamos e os compromissos que fazemos com a nossa consciência para lidar com a distância que separa os nossos sonhos da vida que vai acontecendo”, descreveu Ricardo Neves-Neves.
Em declarações à Lusa, por ocasião da estreia da peça em Lisboa, o encenador acrescentou que a importância da convivência entre as gerações, que a sociedade moderna tem vindo a descuidar, é outro dos pontos em foco no texto e ao qual convém dar importância.
Produzido pela Força de Produção, o espetáculo tem por base um texto original de Ivan Calbérac, que se estreou em França em 2012, com encenação de José Paul. Três anos depois, o dramaturgo assinou a realização de um filme a partir do mesmo texto.
Com cenário de Stéphane Alberto, figurinos de Dino Alves e música de Noiserv, a peça tem desenho de luz de Luís Duarte.
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