O escândalo que envolveu o pintor francês Philippe Dussaert é o tema central do monólogo, que tem estado em cartaz no Brasil, desde setembro de 2016, e que já valeu ao ator vários prémios de interpretação, entre os quais os da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, Botequim Cultural e Prémio Nelson Rodrigues para melhor espetáculo e melhor ator.
A peça é construída com base no texto do premiado autor francês Jacques Mougenot e oferece ao público a possibilidade de investigar a vida e obra do pintor francês Philippe Dussaert, figura controversa no mundo das artes plásticas.
Com tradução de Jacques Mougenot, tradução de Marilu Seixas Corrêa, direção de Fernando Philbert e cenário e figurino de Natália Lana, o espetáculo estará em cena no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa, de07 a 25 de fevereiro.
Depois da capital, “O escândalo de Philippe Dussaert” seguirá para o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, de 1 a 4 de março, seguindo-se o Convento S. Francisco, em Coimbra, a 6 de março, a Casa das Artes, em Famalicão, de 8 a 11 de março, e o Theatro Circo, em Braga, de 15 a 18 de março.
As últimas representações ocorrerão no Centro de Artes, em Águeda, nos dias 23 e 24 de março.
Caruso veste a pele de um conferencista que divide com o público a investigação do escândalo que envolveu o pintor francês, Philippe Dussaert.
O autor da peça, o francês Jacques Mougenot, recorre à figura de um pintor contemporâneo para fazer uma reflexão sobre o que é e o que não é arte. O tema oferece terreno fértil para controvérsias, polémicas e situações hilariantes.
O artista, Philippe Dussaert, teria conseguido o feito de se destacar na arte conceptual, explorando um discurso niilista.
Com uma capacidade rara para copiar clássicos, abandonou as imagens em primeiro plano para se dedicar cada vez mais a cenas de fundo, até chegar ao ato mais radical, a supressão dos próprios quadros.
O texto, de acordo com a apresentação, investiga com muito humor os limites da arte contemporânea e as polémicas em seu turno.
Marcos Caruso, natural de São Paulo, que interpretou Peter Shaffer, Georges Feydeau e Eugene Ionesco, nos palcos, entre outros dramaturgos, ficou conhecido pelos desempenhos em televisão, sobretudo em telenovelas como "Pantanal", "Sangue do meu sangue", "Mulheres apaixonadas", "Avenida Brasil" ou "A Regra do Jogo".
Com trabalho regular no teatro e no cinema, é também autor e encenador de espetáculos de sucesso nos palcos brasileiros, como "Jogo de Cintura" e "Porca Miséria", somando prémios e elogios da crítica, em mais de 40 anos de carreira, como destaca a produção portuguesa.
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