Depois da estreia em Lisboa a 27 de março, “Auto das Anfitriãs”, espetáculo criado a partir de uma peça de Luís de Camões, que por sua vez se inspirou num mito, vai percorrer 12 concelhos de Norte a Sul do país, no âmbito do projeto Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II (TNDM).

Segundo informação do teatro, de maio a dezembro, o espetáculo vai viajar por Beja, Celorico da Beira, Fafe, Gouveia, Lagoa, Miranda do Corvo, Mirandela, Paredes de Coura, Pombal, Santarém, Sines e Vale de Cambra, com sessões para o público em geral e para escolas, dirigidas a alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

O primeiro espaço a receber a digressão será o Centro de Artes e Espetáculos de Vale de Cambra, nos dias 02 e 03 de maio, mês em que percorrerá ainda o Teatro-Cinema de Fafe (08 e 09), o Teatro-Cine de Gouveia (15 e 16), o Centro Cultural de Mirandela (22 e 23) e o Teatro-Cine de Pombal (29 e 30).

Em palco, vão estar Cire Ndiaye, Inês Vaz, João Grosso e José Neves, a quem se junta, em participação especial, Tita Maravilha, com canções originais de As Docinhas e Tita Maravilha & Menino da Mãe.

Este espetáculo baseia-se no “Auto chamado dos Enfatriões”, uma das três peças de teatro escritas por Luís de Camões e a única que se inspirou num texto de teatro da época romana: o “Anfitrião” de Plauto.

A trama de Anfitrião e Almena foi (re)escrita muitas vezes ao longo dos tempos, destacando-se, depois de Plauto, adaptações de Camões, de Molière, de John Dryden, de Heinrich von Kleist, de Giselher Klebe e de Jean-Luc Godard, entre outros.

A propósito da celebração dos 500 anos do nascimento de Luis de Camões, Inês Vaz e Pedro Baptista regressaram ao mito de Anfitrião e Almena, com este “Auto das Anfitriãs”, uma peça de doidos, de enganos e confusões, escrita a partir do texto de Camões, mas que procura questionar alguns alicerces da atualidade.

Esta produção do Teatro Nacional D. Maria II está integrado no projeto Próxima Cena – uma parceria com a Fundação ”la Caixa” e colaboração com o BPI – que procura promover o acesso à cultura e o desenvolvimento e valorização de públicos, com especial foco nos territórios do país de baixa densidade populacional.