O famoso compositor de clássicos como "Canção da América" e "Maria Maria", interpretados por dezenas de cantores de todo o mundo, anunciou a sua despedida num vídeo animado que publicou nas suas redes sociais nesta terça-feira, quando festejou 79 anos de idade.
"A Última Sessão de Música", como batizou a sua digressão de despedida, é o mesmo nome de uma das canções do álbum "Milagre dos Peixes" (1973).
O cantor e compositor, que nos últimos anos tem enfrentado alguns problemas de saúde, não divulgou detalhes sobre a sua última digressão, ou se incluirá cidades do exterior ou apenas do Brasil, nem datas.
A animação publicada utiliza como banda sonora trechos da música "Encontros e Despedidas" (1981), na qual o cantor carioca, mas com claras raízes no vizinho estado de Minas Gerais, garante, em alusão ao final de uma viagem de comboio, que “a hora do encontro é também a hora da despedida”.
Embora a sua voz não tenha sofrido com a idade, nem com os seus problemas de saúde, Nascimento, que tem diabetes e problemas cardíacos, tem tido problemas nos últimos anos para cumprir algumas das suas obrigações profissionais devido a diversas hospitalizações, numa das quais teve que ser submetido a um cateterismo.
Nas suas últimas atuações antes do início da pandemia de COVID-19 no Brasil, ficaram evidentes as dificuldades em caminhar no palco, pelo que teve de cantar sentado, e o seu estado de fragilidade.
Mas nas apresentações ao vivo que fez em formato virtual na sua residência durante a pandemia, mostrou que a sua voz permanece inquebrável.
O cantor, compositor e guitarrista, que completará 60 anos de carreira musical no próximo ano, já gravou 34 álbuns e já se apresentou com dezenas de grupos e músicos de outros países, como Wayne Shorter, Herbie Hancock, Ron Carter, Mercedes Sosa, Fito Paez, Peter Gabriel, James Taylor, Sting, Paul Simon, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Duran Duran.
O brasileiro recebeu cinco prémios Grammy, incluindo um em 1997 na categoria World Music pelo seu álbum "Nascimento" e um Grammy Latino em 2000 de Melhor Álbum Pop Contemporâneo por "Crooner".
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