O baterista da banda de rock argentina Soda Stereo, que se tornaram populares na década de 1980, acredita que a "arte em todas as suas formas tem o poder de mobilizar o mundo e inspirar as mudanças tão necessárias".
Ao anunciar sua nomeação durante a 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, a diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen, destacou que "paixão do músico pelo meio ambiente e a sua capacidade para ligar as pessoas através da música tornam-no num poderoso defensor da ação ambiental".
Nesta nova missão, o músico terá de sensibilizar, particularmente os mais jovens, sobre a necessidade de enfrentar a tripla crise planetária das mudanças climáticas, a perda da natureza e da biodiversidade e a contaminação e os resíduos na região.
Alberti é um ativista de longa data que, com sua organização, a Revolución 21 - Latinoamérica Sustentable, já se dedica a cuidar do meio ambiente na Argentina e na América Latina.
Alberti disse à AFP, depois da sua nomeação, que é preciso deixar de lado a desculpa generalizada recorrente de que individualmente não podemos fazer a diferença.
"Somos mais de oito mil milhões de pessoas no mundo e pensamos todos no mesmo. Não vai mudar nada que eu não faça. Mas o somatório é o que está a provocar o grande desastre", lembra.
Por isso, o artista defende as "pequenas mudanças" que acabam por garantir as grandes mudanças positivas". "Depende de todos o mundo que quiserem deixar para seus filhos", alerta.
Para o o músico de 61 anos, "é importantíssimo continuar a desenvolver, mas pode ser feito no marco de um mundo sustentável".
"A economia não é mais importante do que o meio ambiente. Sem meio ambiente, sem biodiversidade, não há economia possível", disse, antes de lembrar que "todos somos o problema e todos somos a solução de forma individual".
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