A banda portuguesa irá apresentar, no auditório do Museu de Serralves, a estreia das novas bandas sonoras criadas para os filmes “Douro, Faina Fluvial”, projetado pela primeira vez a 19 de setembro de 1931, e “O Pintor e a Cidade”, de 1956.
Para além do espetáculo audiovisual, as composições serão editadas num álbum intitulado “Manoel”, adianta o Museu de Serralves, em nota de imprensa.
Ainda no âmbito do aniversário do primeiro filme do cineasta português, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira vai projetar, a 18 de setembro, “Berlim: a sinfonia de uma capital”, de Walter Ruttman, “um dos filmes que mais diretamente inspirou a estreia” do realizador.
“Douro, Faina Fluvial” foi apresentado pela primeira vez no V Congresso Internacional da Crítica, em Lisboa.
A obra terminada quando o realizador tinha 22 anos foi exibida numa versão muda e despertou reações diversas, com algumas críticas entusiastas e demonstrações de desagrado do público português.
“O filme de Oliveira destacava-se pela rapidíssima montagem vanguardista e pelo retrato das difíceis condições de trabalho dos estivadores da Ribeira do Porto (imagem que não convinha mostrar aos convidados estrangeiros)”, destaca o comunicado.
A curta-metragem foi sofrendo alterações ao longo dos anos, incluindo a “introdução da banda de som musical, de pendor folclórico, da autoria de Luís Freitas Branco”.
Depois de ter sido dada como perdida, a versão original acabaria por ser restaurada e remontada “pelo realizador, com música de Emmanuel Nunes, e apresentada, pela primeira vez, em 1996, na Cinemateca Portuguesa”.
O realizador português Manoel de Oliveira morreu a 02 de abril de 2015, aos 106 anos, na sua casa, no Porto, a cidade onde nasceu a 11 de dezembro de 1908.
O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada por ocasião do 106.º aniversário.
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