Segundo o curador da Mostra Estufa 2024, Vasco Gomes, serão apresentadas três novas propostas de circo contemporâneo que decorrerão em três espaços distintos do teatro: Sala-Estúdio, Café-Teatro e Grande Auditório.
A Erva Daninha aposta numa trilogia composta por “Cafelina”, da autoria da argentina a residir em Portugal Lucía Merlino, “Quem Anda ao Sol”, da dupla constituída por Felipe Contreras e Miguel Brás, e ainda “Chapitre 2: Ainsi Rugissent Les Fleurs”, uma criação da ‘quadrilha de assaltantes do mastro chinês’ composta por Flavia Slavi, Jessica Ramon, ambas de Itália, bem como por Kinane Srirou, franco-marroquina, e ainda pela catalã Laia Planell.
A companhia propõe ao público duas sessões distintas, uma na sexta-feira, 29 de novembro, às 19:30, e uma outra no dia seguinte, sábado, dia 30, no mesmo horário.
Os espectadores percorrerão os três espaços contíguos e irão presenciar os três projetos em ritmo sequenciado.
O trabalho de Lucía Merlino, “Cafelina”, caracteriza-se por ser “um poema escrito com imagens de café”, que cruza as artes visuais e o circo contemporâneo.
“Uma espécie de mulher pássaro que se descobre através de formas e máscaras e também uma mulher que é um moinho de café, que mói os grãos, derrama-os numa tela branca e pinta em movimento. Há também acrobacias que dançam e, em equilíbrio, param sobre as mãos”, explica a companhia.
O projeto “Quem anda ao sol”, uma metáfora dramatúrgica, protagonizada pelos malabaristas Felipe Contreras e Miguel Brás, “espelha por um lado a exploração da individualidade, mas é em simultâneo uma busca pela superação das adversidades”, refere a produção da mostra, em comunicado.
O terceiro episódio ‘da série’ Mostra Estufa faz-se tendo como elemento técnico nuclear o mastro chinês.
O projeto internacional em causa denominado por “Chapitre 2: Ainsi Rugissent Les Fleurs” resultou de uma ‘open call’ à qual responderam intérpretes de circo contemporâneo de diversos países cujo imperativo primordial seria o de permanecerem em regime de residência artística em Portugal e apresentarem, para lá do trabalho final em sala, um ensaio aberto ao público.
Este projeto tem o apoio do programa Culture Moves Europe, organizado pelo Goethe Institut para a União Europeia.
A produção salienta ainda a presença de Alan Sencades, artista brasileiro de circo contemporâneo a residir em Portugal – que participou com um projeto em nome próprio na edição da Mostra Estufa 2021 – e que vai coordenar a Oficina Corpo Cyrcense, que terá lugar no Clube de Circo Contemporâneo – CCC Espaço Agra, de 25 a 29 de novembro.
A Mostra Estufa tem organização e produção da Erva Daninha em coprodução com o Teatro Municipal do Porto e com o apoio da Direção-Geral das Artes.
Comentários