'Enfrentaram-se' no ringue como Adonis Creed e Damian Anderson, mas Michael B. Jordan é o primeiro ator da 'primeira divisão' de Hollywood a apoiar publicamente Jonathan Majors, condenado por violência doméstica.
A carreira de Majors ia numa trajetória fulgurante no início de 2023 com as estreias no espaço de pouca semanas de "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" e "Creed III" até que tudo mudou quando foi detido a 25 de março e posteriormente acusado de violência doméstica por uma agressão, tentativa de estrangulamento e assédio à sua então namorada Grace Jabbari dentro de um automóvel em Manhattan.
Aos 34 anos e considerado um dos atores mais talentosos da sua geração, Majors perdeu vários projetos e representantes no espaço de poucas semanas, além de ver afastarem-se várias marcas e entidades.
Em dezembro desse ano, foi considerado culpado em dezembro de 2023 por um júri em duas acusações de violência doméstica: agressão de terceiro grau, causando lesões físicas de forma imprudente, e assédio de segundo grau. Uma hora e meia depois do veredito, foi despedido pela Marvel do papel de vilão Kang o Conquistador.
O seu filme “Magazine Dreams”, um filme aclamado no Festival de Sundance e visto com potencial para os Óscares previsto, também perdeu a Searchlight Pictures (divisão da Disney) como distribuidora nos EUA, onde só vai estrear no fim de março deste ano com outro estúdio.
Michael B. Jordan diz que tudo isto foi uma 'situação difícil' de ver numa nova entrevista à revista GQ (citada pela Variety).
“Mas ele está muito bem, acabou de ficar noivo”, acrescentou.
E reforçou o apoio: “Estou orgulhoso da sua resiliência e força em tudo isto, e da [sua] forma de lidar com isto. Estou contente que ele esteja bem".
"That’s my boy", exprimiu ainda, confirmando um apoio e orgulho que revela o relacionamento próximo.
Mostrando até que ponto a relação não foi afetada pelo escândalo, a resposta foi inequívoca quando lhe perguntaram se voltaria a trabalhar com ele: "Sim. Sim".
Em janeiro de 2024, na primeira entrevista após a condenação, Jonathan Majors admitiu responsabilidade nos problemas da relação, mas continuou a desmentir ataques físicos.
Acrescentou que queria retomar a sua carreira: à pergunta se achava merecer uma segunda oportunidade de Hollywood, respondeu "Acho que sim. Espero que as outras pessoas pensem o mesmo".
Em abril do mesmo ano, recebeu uma pena suspensa pela condenação, com a obrigação de participar num programa de um ano de violência doméstica e continuar as sessões de terapia.
Comentários