Da música antiga à contemporânea, do jazz à ópera, passando por diversos géneros da chamada música clássica e, até, pela atuação de uma fanfarra nas ruas, a diversidade é o ingrediente principal do festival, que comemora 70 anos de vida da entidade organizadora: o Orfeão de Leiria.
Aquele que é o mais antigo festival de música do país tem este ano como mote o percurso do Orfeão, sublinhou hoje na apresentação o presidente da direção.
"Queremos fazer transparecer neste festival o que esta casa tem produzido, não só através de músicos que entretanto fizeram as suas carreiras profissionais e que foram alunos do Orfeão, como também de quem ainda lá está, professores e alunos. Eles marcam a edição deste ano", sublinha Acácio de Sousa.
Para o presidente "é notável" uma associação cultural chegar aos 70 anos.
"Não é muito usual que instituições apenas relacionadas com a cultura perdurem este tempo todo. Não há muitas que sobrevivam tanto. Isto passa-se pelo trabalho de grande afinco dos associados e todos os trabalhadores da casa que por cá passaram e cá continuam", afirma.
Para o diretor artístico do festival, depois do crescimento do festival em 2015, neste ano "os desafios são maiores" e, por isso, António Vassalo Lourenço assume que a organização deseja ir além dos 3.500 espectadores: "É possível abrirmos o festival a novas formas de consumo de música, a novos públicos e a novas experiências".
Assumindo os 70 anos do Orfeão como elemento central, o festival começa a 2 de junho com a Gala da instituição, no Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), em Leiria.
Dia 4 de junho, o quarteto Saxofínia toca nos antigos claustros do Convento de S. Francisco, também em Leiria, e, na Sé Catedral, ouve-se o Liz Consort, a 5 de junho.
Os Clarinetes Ad Libitum dão música ao Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria dia 9 de junho.
Pela primeira vez, o festival apresentará uma ópera "buffa", com "Os dilemas dietéticos de uma matrioska do meio", a 11 de junho, no TJLS.
A 12 de junho, a Big Band do Orfeão de Leiria leva o jazz à Praça da Notabilidade, em Castanheira de Pera.
De regresso a Leiria, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa toca no Solar dos Ataídes a 16 de junho e, pelas ruas da cidade, andará no dia 18 de junho a Fanfarra Káustika.
A Orquestra Sinfónica de Leiria tem atuação marcada no Teatro Stephens, Marinha Grande, a 19 de junho.
Dia 23 de junho, Daniel Bernardes leva jazz ao Claustros de Santo Agostinho, no Museu de Leiria e, no dia 25, o TJLS recebe a Orquestra Filarmonia das Beiras e o pianista Filipe Pinto.
Pelo meio, a 24 de junho, há "Poesia e jazz" no Mosteiro da Batalha, com Quarteto Manuel Lourenço e Cláudia Franco e Nicolau Santos.
As Vozes Alfonsinas vão Leiria no dia 29 de junho, para um espetáculo no Arquivo Distrital, assinalando o centenário desta instituição. Como datas extra do festival, o agrupamento atua também nos arquivos distritais de Évora e Bragança, a 28 e 30 de novembro, respetivamente.
A 34.ª edição do festival termina a 2 de julho, no TJLS, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do Teatro Nacional de São Carlos e o vencedor do Prémio Jovens Músicos, sob direção do maestro Pedro Neves.
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