O vencedor do galardão foi decidido durante uma reunião, que terminou ao início da tarde, do júri do prémio, presidido pelo professor da UÉ Antonio Sáez Delgado e que integra o escritor João de Melo, a crítica literária Maria da Conceição Caleiro e as professoras Ângela Fernandes e Cláudia Afonso Teixeira.
Instituído em 1996, o galardão distingue, anualmente, o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.
O júri decidiu atribuir este ano o prémio a Gonçalo M. Tavares pela "originalidade da sua obra ficcional e ensaística, marcada pela construção de mundos que entrecruzam diferentes linguagens e imaginários, afirmando-o como um dos autores de língua portuguesa mais criativos da atualidade".
Nascido em Luanda (Angola), Gonçalo M. Tavares, de 47 anos, é professor de filosofia na Universidade de Lisboa.
O autor já recebeu, entre outros, o Prémio Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, no Brasil, o Prix du meilleur livre étranger, em França (2010), e o Prix Littéraire Européen (2011).
Desde 2001, publica romances, contos e poemas, assim como literatura para a infância e peças de teatro, estando as suas obras publicadas em mais de 50 países.
O escritor, um dos mais traduzidos da literatura portuguesa, lançou este ano o seu primeiro livro sobre o universo das mitologias, intitulado "A Mulher-sem-cabeça e o Homem-do-mau-olhado".
A cerimónia de entrega do prémio realiza-se no dia de 1 março de 2018, data em que se assinala a morte de Vergílio Ferreira, estando previstas intervenções do premiado, do júri e da reitora da Universidade de Évora.
Segundo a UÉ, esta edição contou com candidaturas apresentadas por instituições de Portugal, Brasil, Espanha, Itália e Colômbia.
O prémio foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia Lídia Jorge e João de Melo, tendo sido galardoada na edição de 2017 a escritora Teolinda Gersão.
Comentários