O encontro “Isto é PARTIS” (Práticas Artísticas para a Inclusão Social), de acordo com informação disponibilizada no site da Gulbenkian, “além de dar visibilidade aos projetos desenvolvidos, integra uma dimensão de reflexão, partilha de experiências e sensibilização para a importância da utilização das práticas artísticas como metodologia de intervenção social”.
Os seis projetos apresentados foram financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do programa PARTIS, criado em 2013, que já apoiou “mais de 33 projetos e cerca de 11 mil pessoas”.
Entre os projetos que serão apresentados está o documentário “Fala Burka Fala”, “que pretende dar protagonismo aos moradores do Bairro da Nazaré (São Martinho – Funchal), considerado, em determinada altura, um espaço estigmatizado, insalubre, desidentificado”.
O documentário foi criado no âmbito do projeto L’Ego do Meu Bairro, que “usa as atividades artísticas para promover a interação e a proximidade entre os moradores do Bairro da Nazaré” e “quer ainda potenciar e desenvolver as competências pessoais, sociais, relacionais e profissionais dos desempregados, com vista à promoção da sua empregabilidade”.
Já a peça de teatro CAL, interpretada por moradores do Bonfim, no Porto, foi criada no âmbito do projeto "Retratos das ilhas: Bonfim para além das fachada", “de dinamização comunitária e criação artística com a comunidade do Bonfim, envolvendo um grupo intergeracional”.
No âmbito do encontro irá acontecer também o concerto "O Som da Igualdade", “que pretende unir pessoas e estilos diferentes através da música”, juntando em palco utentes da CERCIOEIRAS, músicos da Orquestra de Câmara Portuguesa e o grupo 5.ª Punkada, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.
O encontro inclui também uma visita guiada por vários locais onde existiu um dos maiores bairros de lata de Lisboa, a Curraleira, desmantelado em 2001, realizada no âmbito do projeto Pa-Redes, de inclusão social através da arte urbana.
A visita, guiada por moradores, passa por “murais de Arte Urbana e pontos estratégicos que formam a identidade e a memória comunitária do território”.
À apresentação dos projetos seguem-se conversas com as equipas locais.
Todos os espetáculos, assim como a conferência de abertura, são de entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia, nas bilheteiras da Fundação (máximo dois bilhetes por pessoa).
A programação completa pode ser consultada no site da Fundação Calouste Gulbenkian.
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