Pelo menos nove grupos pop sul-coreanos vão participar em dois concertos na próxima semana na Coreia do Norte, as primeiras atuações deste tipo em mais de uma década.
Os espetáculos representam mais um capítulo nas tentativas de apaziguamento entre as duas Coreias antes da reunião dos líderes prevista para abril. Artistas populares como o grupo feminino Red Velvet também foram convocados.
Mas de acordo com a imprensa sul-coreana, que cita fontes do governo e da indústria da K-Pop, Seul gostaria da presença de Psy nos espetáculos.
O artista de 40 anos tornou-se uma sensação mundial em 2012 com a canção "Gangnam Style", um single viral a partir de 2012.
"Apresentámos a proposta oficial ao Norte para que adicionem Psy à lista de artistas", afirmou uma fonte governamental ao canal MBC TV.
Mas Pyongyang não pretende aceitar, de acordo com a emissora, segundo a qual a Coreia do Norte, conservadora, estaria incomodada com o tom de provocação do artista. Psy tem o hábito de atuar sem camisa e as suas letras são consideradas ofensivas na sua terra natal.
No total, 160 artistas, dançarinos, técnicos e músicos sul-coreanos visitarão a Coreia do Norte, após um acordo assinado recentemente numa visita de emissários sul-coreanos com o líder norte-coreano Kim Jong Un para abrir a via do diálogo.
De acordo com os sul-coreanos, Kim propôs uma reunião com o presidente sul-coreano Moon Jae-in antes de um encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump. A Coreia do Norte, no entanto, não confirmou nem desmentiu a proposta.
As séries de televisão sul-coreanas e as canções da K-Pop são muito populares em toda Ásia.
A K-Pop não é divulgada na Coreia do Norte, mas a popularidade cresceu nos últimos anos graças às pen drives que chegam, por contrabando, a partir da China.
O país castiga duramente as pessoas surpreendidas com material cultural estrangeiro não autorizado, que pode resultar em penas de prisão.
Videoclip de "Gangnam Style":
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