A oitava edição desse evento do distrito de Aveiro é organizada pela associação cultural Gargalhão em parceria com a autarquia local, e, além dos espetáculos na Sala dos Fornos da Oliva Creative Factory, até 3 de junho também integra sessões de comédia para escolas, em fábricas e em instituições de solidariedade social.

O diretor do festival, Pedro Neves, adiantou que este ano o festival prevê a entrega de distinções a profissionais e outros agentes do setor.

“Haverá um prémio de mérito e excelência para parcerias, porque o Gargalhão teve parceiros extraordinários ao longo destas oito edições, e outro prémio de excelência artística, para a comédia celebrar e agraciar os seus”, disse.

Quanto à escolha de Herman José como cabeça de cartaz, o diretor do evento disse que essa era uma opção incontornável no ano em que o humorista que concebeu programas televisivos como “O Tal Canal” celebra cinco décadas de carreira.

“O Herman foi quem abriu mundo para a comédia em Portugal. (…) Se hoje todos a fazemos é porque fomos bafejados pela sorte de crescer a ver o Herman interpretar e fazer um conjunto de coisas ainda hoje notáveis”, realçou Pedro Neves, também humorista.

O presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira, concorda que o humorista no ativo há 50 anos “é uma figura mítica do humor e da comédia nacional, e do mundo artístico, cultural e intelectual do país”, pelo que “ainda recentemente viu o seu percurso reconhecido pelo Governo de Portugal”.

A participação de Herman José no Gargalhão vem assim reforçar o perfil do festival enquanto evento “inclusivo e aberto à comunidade”, já que o autarca reconhece “uma dimensão extremamente importante” à difusão de referências culturais como essa entre diferentes faixas etárias e sociais da população.

Com entrada paga nos espetáculos formais e acesso livre nas iniciativas de caráter social, o Gargalhão – Festival de Comédia de São João da Madeira vai receber no fim de semana também Fernando Rocha, apontado por Pedro Neves como “a maior referência nacional da comédia popular”, e ainda Joel Ricardo Santos e Carlos Moura.

Junta-se igualmente a dupla Sor Miguel e Bicalho, “um fenómeno das redes sociais no pós-pandemia”, e Dagu, “um brilhante comediante da nova geração, que ganhou o concurso nacional de comédia organizado pela revista Sábado em 2023 e que será um dos comediantes de que mais se vai ouvir falar no país”.

Segundo disse à agência Lusa a organização do festival, a avaliar pela afluência do ano passado, os espetáculos em sala deverão receber mais de 900 espectadores, enquanto as iniciativas comunitárias deverão ultrapassar os 700 participantes.