“Hoje estamos de luto porque perdemos alguém a quem tivemos a sorte de poder chamar um de nós. Ao professor Jorge Salavisa prestamos homenagem e um profundo agradecimento”, lê-se numa mensagem, assinada pela diretora artística da CNB, Sofia Campos, partilhada hoje na página oficial daquela companhia na rede social Facebook.
O bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, que dirigiu o Ballet Gulbenkian e a Companhia Nacional de Bailado (CNB), morreu hoje, aos 81 anos, confirmou à agência Lusa fonte oficial da CNB.
A CNB recorda que Jorge Salavisa “foi professor, mentor, colega, impulsionador e cúmplice de gerações de bailarinos e gerações de coreógrafos que com ele aprenderam que dançar não é só uma profissão, é uma forma de vida e uma forma de estar no mundo”.
“Sonhou fazer da dança uma arte maior e que a Companhia Nacional de Bailado, que tanto transformou, pudesse ombrear com as melhores companhias de repertório mundiais. Com ele aprendemos a alargar horizontes, aprendemos a falar várias línguas, aprendemos que em cada palco representávamos o melhor de nós. Soubemos sempre que a sua opinião, o seu olhar, a sua palavra amiga, era um incentivo para nos transformarmos, para crescermos”, lê-se na mensagem.
Nascido em Lisboa, em 1939, Jorge Salavisa iniciou os estudos de dança com Ana Máscolo e prosseguiu a sua formação artística em Paris, com Victor Gsovsky e Lubov Egorova, ingressando a seguir no Grand Ballet du Marquis de Cuevas, onde permaneceu até à extinção dessa companhia, em junho de 1962.
Entre 1977 e 1996 foi diretor do Ballet Gulbenkian, companhia que acabou por ser extinta em 2005.
Em 1998, assumiu a direção da CNB, mantendo-se no cargo até 2001. Jorge Salavisa também presidiu ao Organismo de Produção Artística, entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos e da CNB, entre maio de 2010 e janeiro de 2011.
Ao longo da carreira, Jorge Salavisa trabalhou com bailarinos e coreógrafos de renome como Bronislava Nijinska, Robert Helpmann, Daniel Seillier, Nicholas Beriosoff, Maria Fay, Roland Petit, Mary Skeaping, John Taras, entre outros.
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