Hoje, o escritor português participa no painel “Small Towns, Big Imagination”, no festival literário que se realiza na ilha indonésia, ao lado da britânica Rosemarie Milsom, do neo-zelandês Joshua Pomare, da australiana Jessie Cole e da indonésia Darmawati Majid.
No dia seguinte, ainda neste festival, Peixoto, nascido em 1974 em Galveias, no Alto Alentejo, participa no painel “The Big Read: Journeys”, novamente com Jessie Cole, e ainda com o canadiano Daisuke Takeya, o indonésio Agustinus Wibowo, o indiano Carlo Pizzati e os britânicos Jay Griffiths, Geoff Dyer e Will Buckingham.
No sábado, o autor de “Cemitério de Pianos” despede-se do festival, participando num almoço literário na ilha próxima de Nusantara, onde partilha a mesa com a autora australiano-indonésia Tiffany Tsao, a espanhola Gabriela Ybarra, o norte-americano Uzodinma Iweala e os australianos Gillian Triggs e Kim Scott.
Nos dias 30 e 31, José Luís Peixoto estará em Jacarta, onde participa, respetivamente, num evento dedicado às crianças, o “Kelompok Pencinta Bacaan Anak”, organizado pela Society for the Advancement of Childrens Literature, e dá uma conferência na universidade local.
No âmbito desta digressão o escritor vai estar em Tóquio, para apresentar a tradução para japonês do seu romance “Galveias”, e participar numa conversa com a escritora nipónica Kyoko Nakajima, sob o tema “Memórias de Terra, Memória de Família”, na livraria Shinjiku Kinokunya.
Na capital japonesa, o autor do romance “Uma Casa na Escuridão” efetuará palestras nas universidades Sophia e na de Estudos Estrangeiros.
A tradução de “Galveias” para japonês chegou às livrarias do arquipélago do Império do Sol Nascente, em agosto, com a chancela editorial Sinchosha, que a publicou na sua coleção “Crest Books”.
“Em poucos dias, o livro ocupou o sétimo lugar no top de vendas da livraria Aoyama Book Center, uma das mais conceituadas de Tóquio, e o primeiro lugar na categoria de ‘Livros Estrangeiros Traduzidos para Japonês’”, segundo a editora portuguesa do autor, que tem previsto participar no Festival dos Escritores, em Singapura.
José Luís Peixoto venceu em 2001 o Prémio Literário José Saramago, pelo seu romance “Nenhum Olhar”. Em 2007, a obra “Cemitério de Pianos” foi distinguida com o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha.
Com “Livro”, o autor venceu o Prémio Libro d’Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu de 2012.
Em 2016, com “Galveias”, recebeu, no Brasil, o Prémio Oceanos para a Melhor Obra Literária em Língua Portuguesa, publicada em 2015.
O escritor foi finalista dos prémios internacionais Femina e Impac Dublin, entre outras distinções.
Além da ficção, Peixoto publicou obras de poesia, designadamente “Gaveta de Papéis” com a qual recebeu o Prémio Daniel Faria, e “A Criança em Ruínas” que lhe valeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 2012, estreou-se na literatura de viagens com “Dentro do Segredo – Uma viagem na Coreia do Norte”.
Segundo a editora portuguesa Quetzal, os romances de José Luís Peixoto estão traduzidos em 26 idiomas.
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