O Conselho Diretivo da OSPA escolheu por unanimidade o maestro português, de entre 30 candidaturas submetidas à convocatória, após um processo de seleção em três fases, avaliadas por uma comissão composta por três dos seus membros, dois músicos da orquestra e uma pessoa externa pertencente à área musical, com experiência em programação artística numa instituição musical asturiana, noticiou a Efe.
Depois de avaliados os méritos dos candidatos, passaram à última fase os três com as melhores pontuações, que foram entrevistados pela comissão de avaliação para aferir o projeto, a adequação, os conhecimentos, a experiência e outros requisitos de cada um dos candidatos, bem como as suas capacidades de comunicação e liderança.
Nascido em 1989, Nuno Coelho estudou violino em Klagenfurt e Bruxelas, e direção de orquestra em Zurique, com Johannes Schlaefli.
Recebeu o 1.º Prémio no Concurso de Direção do Prémio Jovens Músicos da Antena 2, o Neeme Järvi Prize do Festival Menuhin de Gstaad e foi finalista no Concurso do Festival de Salzburgo para jovens maestros.
Em 2014, foi bolseiro da Fundação Gulbenkian e, em 2015, foi aceite no Dirigentenforum do Centro Alemão para a Música, que mais tarde o nomeou para a sua lista Conductors of Tomorrow.
Foi maestro assistente da Nederlands Philharmonisch Orkest, entre 2015 e 2017, tendo regressado em julho de 2018 para um concerto no Concertgebouw (Amesterdão). No mesmo verão, participou numa 'masterclass' com Daniele Gatti e a Orquestra do Real Concertgebouw.
Como maestro assistente, trabalhou com Bernard Haitink, Susanna Mälkki, Andris Nelsons, Christoph von Dohnányi e Gustavo Dudamel, entre outros regentes.
No domínio da ópera, Nuno Coelho dirigiu "La Traviata", de Verdi, "Cavalleria Rusticana", de Mascagni, "Rusalka", de Dvorák, e "Das Tagebuch der Anne Frank" ("O Diário de Anne Frank"), de Grigory Frid.
Foi ainda assistente de Marc Albrecht na produção de "Parsifal", de Wagner, para a Dutch National Opera.
Em 2016 e 2017, como 'Conducting Fellow' do Festival de Tanglewood, dirigiu vários concertos com a orquestra do festival, incluindo “Os Sete Pecados Mortais", de Kurt Weill.
Vencedor do Concurso Internacional de Direção da Orquestra Cadaqués, em 2017, começou a colaborar com a OSPA na temporada 2018-2019 - altura em que foi nomeado maestro convidado da Orquestra Gulbenkian de Lisboa -, participando, desde então, em todas as temporadas, em quatro projetos que abrangem concertos, óperas, galas, digressões e atividades socioeducativas, o que envolve um trabalho conjunto e contínuo com a direção da orquestra.
O seu repertório abrange desde os períodos barroco, clássico e romântico até à música dos séculos XX e XXI, e o seu compromisso com a música contemporânea levou-o a dirigir quinze estreias, incluindo no Festival Green Umbrella em Los Angeles.
A Orquestra Sinfónica do Principado das Astúrias, que já atuou por diversas vezes em Portugal, é composta por perto de oito dezenas de músicos, todos eles com atividade docente, oriundos sobretudo da Europa, da América Latina e do Norte.
O anterior maestro da OSPA, Rossen Milanov, saiu para ir ocupar o cargo de maestro da Orquestra Sinfónica de Rádio e Televisão da Eslovénia.
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