De acordo com os dados, destes visitantes das nove exposições apresentadas, cerca de 34% são portugueses e 66% estrangeiros, sendo que 50 mil realizaram atividades ou visitas orientadas pelo serviço educativo do museu.
Questionada pela Lusa sobre a quebra acentuada de visitantes de 2016 para 2017, fonte do museu indicou que o decréscimo "tem a ver com o facto de a entrada passar a ser paga, e com o tempo necessário para que a comunicação dessa alteração se propague 'online' e nos guias internacionais de Lisboa".
Considera ainda que "também tem a ver, certamente, com o facto de só após o acordo com o Estado, a 23 de novembro de 2016, se ter começado a programar e planear o ano de 2017, o que não permitiu uma programação de exposições forte para o 1º semestre" desse ano.
Na sequência da renegociação do acordo entre o Estado e o colecionador e empresário José Berardo, que prolongou a instalação do museu por mais seis anos, renováveis, as entradas, gratuitas desde a inauguração, em 2007, passaram a ser pagas a partir de 01 de maio de 2017, mantendo o sábado como dia de entrada livre.
Para o museu, 2017 "foi um ano de mudança de ciclo e de adaptação", sendo que 2016 foi o ano com mais visitantes numa década, ultrapassando um milhão.
O Museu Berardo espera recuperar visitantes em 2018 com o programa de exposições temporárias já aprovado pelo Conselho de Administração, com o parecer favorável do Conselho de Fundadores, sustentou a mesma fonte do museu, cuja coleção permanente pertence a José Berardo.
Ainda sobre os visitantes de 2017, nos estrangeiros, a maioria foi de origem francesa, inglesa, italiana e espanhola.
No topo das exposições mais visitadas, que terminaram em 2017, destacam-se as duas exposições da Coleção Berardo (1900-1960 e 1960-1990), e ainda a exposição "Visualidade e Visão”.
A exposição "Lu Nan - Trilogia”, que inaugurou a 10 de outubro, já foi visitada por mais de 50.000 pessoas, e pode ainda ser vista até 14 de janeiro, estando previsto, a 13 de janeiro, sábado, pelas 16:00, um percurso de entrada gratuita.
Mais de 7,4 milhões de visitantes entraram no Museu Coleção Berardo ao longo de mais de uma década, para ver as cerca de 90 exposições realizadas desde a inauguração, segundo os números oficiais desta entidade.
Em novembro de 2016, o Governo e o colecionador José Berardo assinaram uma adenda ao acordo firmado em 2006 para a criação do museu, cuja validade terminava ao fim de dez anos.
No documento, ambas as partes concordaram em manter o museu no CCB por mais seis anos renováveis, alterando algumas normas, nomeadamente o pagamento das entradas, o apoio financeiro definido bienalmente e a atualização dos espaços ocupados pelo museu, que aumentaram desde 2006.
O museu abriu em junho de 2007, com um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte de José Berardo, cedidas em regime de comodato (empréstimo) ao Estado até 2016, avaliadas em 316 milhões de euros pela Christie's, em 2006.
Desde 01 de maio de 2017 que as entradas passaram a custar cinco euros, com descontos para jovens, seniores e visitantes com mobilidade reduzida, mantendo-se a entrada gratuita aos sábados.
O Museu Coleção Berardo ocupava o 65.º lugar na lista dos cem museus mais visitados do mundo em 2016, com 1.006.145 visitantes nesse ano, segundo The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea.
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