“Despedidas Impossíveis”, que venceu no ano passado o Prémio Médicis, em França, ‘ex-aequo’ com “Misericórdia”, de Lídia Jorge, é um romance que transporta o leitor através de uma viagem pela Coreia do Sul contemporânea e pela sua dolorosa história.
“Despedidas Impossíveis” conta a história de Gyeong-ha, que viaja para Jeju a pedido da sua amiga In-seon, que está hospitalizada, para salvar um papagaio que diz ter sido deixado sozinho em sua casa e precisa de ser alimentado.
Quando Gyeong-ha chega a casa da amiga In-seon, depois de enfrentar uma tempestade de neve na ilha, é confrontada com o passado da família de In-seon e especialmente da sua mãe, Jeong-sim, que passou décadas a tentar encontrar o irmão desaparecido após o massacre de 1948.
Meticulosamente compilados estão centenas de arquivos que documentam um dos piores massacres que a Coreia alguma vez conheceu - 30.000 civis assassinados entre novembro de 1948 e o início de 1949 por serem comunistas.
O primeiro livro de Han Kang publicado em Portugal foi “A Vegetariana”, pela Dom Quixote, em 2016, quando venceu o Prémio Man Booker Internacional por este romance.
Esta obra conheceu uma reedição em 2019, pela BIS, do mesmo grupo editorial, Leya.
Em 2017, foi publicado o romance “Atos Humanos”, em 2019, “O Livro Branco”, e em 2023, “Lições de Grego”.
Han Kang nasceu em Gwangju, na Coreia do Sul, em 1974.
Em 1994 começou a sua carreira de escritora vencendo um concurso literário em Seul.
Além do Nobel, do Booker e do Médicis, Han Kang foi distinguida com o Prémio Manhae na Coreia do Sul e o Prémio Malaparte em Itália por “Atos Humanos” e foi ainda finalista, novamente, do Prémio Man Booker Internacional de 2018 por “O Livro Branco”.
Han Kang recebeu ainda os prémios literários Yi Sang, Jovens Criadores, Melhor Romance da Coreia, Hwang Sun-won e Dongri.
Foi professora no Departamento de Escrita Criativa do Instituto das Artes de Seul e dedica-se atualmente apenas à escrita.
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