Graça Lobo, fundadora da Companhia de Teatro de Lisboa, morreu na segunda-feira, aos 85 anos, em Torres Vedras, distrito de Lisboa.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa evoca a atriz e considera que, "entre as figuras que representaram uma determinada ideia do teatro, do espetáculo, ou até do espaço público, Graça Lobo esteve sempre do lado do cosmopolitismo, do 'glamour', da provocação e da alegria de viver".
"Deixa-nos na memória, inconfundíveis, uma presença, uma voz e um gosto pela liberdade", escreveu o chefe de Estado.
Nesta mensagem de pesar, refere-se que Graça Lobo "estudou no Conservatório e estreou-se como atriz na Casa da Comédia em 1967, trabalhando depois com as companhias de Luzia Maria Martins e Carlos Avilez", e "fez repertório clássico e eclético, de Ibsen e Pirandello, a Genet, Pinter ou Albee".
"Samuel Beckett foi uma das suas devoções, e levou à cena a Molly Bloom de Joyce e Mariana Alcoforado", destaca-se na nota.
"A Companhia de Teatro de Lisboa, que fundou com Carlos Quevedo, privilegiou um reportório anglófilo e satírico, e mostrou-nos a faceta dramatúrgica de Miguel Esteves Cardoso. Ao seu jeito idiossincrático, Graça Lobo despediu-se com «As Três (Velhas) Irmãs», original revisitação de um clássico", acrescenta-se.
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