Editora de sempre do escritor em Portugal, a Dom Quixote acrescenta que a morte do escritor foi anunciada pela porta-voz da Biblioteca do Estado de Morávia, “onde está grande parte do arquivo pessoal do escritor”.
Autor de vários livros que “irão permanecer para sempre na nossa memória coletiva, a começar por aquele que o tornou famoso no mundo inteiro – “A Insustentável Leveza do Ser” –, Milan Kundera também se notabilizou “por desde sempre se ter manifestado a favor da liberdade e contra toda a espécie de regimes totalitários, tema esse que também transportou para a sua obra", refere um comunicado da editora do grupo LeYa.
Exemplo disso é o seu derradeiro livro, “Um Ocidente Sequestrado”, um “pequeno e precioso livro” que chegou às livrarias na terça-feira, acrescenta.
Constituído por dois textos escritos há muitos anos, um na década de 1960 e outro na de 1980, trata-se de uma obra de “extraordinária atualidade para a reflexão sobre a Europa que estamos a construir”, acrescenta o comunicado.
Nascido em Brno, a 1 de abril de 1929, na atual República Checa, Milan Kundera emigrou para França em 1975 depois de ser ostracizado por criticar a invasão soviética da Checoslováquia em 1979.
Em 1981, o escritor adotou a nacionalidade francesa.
Autor de uma vasta obra, que abrange o romance, o ensaio e a poesia, Kundera é considerado um dos mais importantes escritores do século XX.
“A Insustentável Leveza do Ser” é a sua obra mais aclamada pelos leitores e pela crítica, e em muito contribuiu para o tornar num autor reconhecido internacionalmente.
Entre outros, Milan Kundera recebeu o Prémio Médicis (1973), o Prémio Mondello (1978), o Prémio Common Wealth (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Independent de Literatura Estrangeira (1991).
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