Estas são algumas das novidades editoriais da chancela do grupo Bertrand Círculo, que vai lançar ainda este mês o novo livro de Bruno Vieira Amaral, “Manobras de Guerrilha”, que reúne alguns dos seus textos mais memoráveis publicados em jornais, blogues, ou apresentados em conferências.
No final de fevereiro, será publicada uma nova tradução da "Odisseia" de Homero, anos depois da sua tradução inicial, por Frederico Lourenço, que regressou a este texto e fez uma criteriosa e minuciosa revisão.
Nesta nova edição, Frederico Lourenço – que está também a fazer a tradução integral da Bíblia Grega - acrescenta notas e comentários que esclarecem dúvidas sobre o texto, bem como questões de natureza linguística, geográfica ou histórica que se colocam ao leitor de hoje.
Além de ser um dos grandes épicos da literatura grega, a “Odisseia” constitui um dos pilares do cânone ocidental, um poema de grande beleza e o livro que mais influência exerceu, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental.
Quando a “Ilíada” e a “Odisseia” foram compostas, ainda não tinha sido escrita a maior parte dos livros que integram o Antigo Testamento, o que faz das duas epopeias homéricas, para todos os efeitos, os primeiros grandes livros da cultura ocidental.
A Quetzal vai editar também em fevereiro mais um livro da escritora Filipa Martins, “Na memória dos rouxinóis”, um “romance feminino” em torno de um matemático que defendia o poder dos esquecimentos mas que encomendou a sua biografia antes de morrer.
No mesmo mês, é publicado “Instantâneos”, do escritor italiano Cláudio Magris, pequenos textos que sintetizam a comédia humana, um “fresco das nossas vidas”, emoldurado pelo “espírito caustico e irónico” do autor, explica a editora.
A chegar já às livrarias está o primeiro romance do autor norte-americano Jarett Kobek, “Odeio a Internet”, que traça um “retrato hilariante e obsceno de uma sociedade de fracos – dependentes de um ‘post’ – que alimentam constantemente a supremacia dos poderosos”.
Ainda no primeiro semestre, é esperado um livro “surpreendente” e “polémico” de Saul Bellow, “Cartas e Recordações”, bem como mais uma obra de W.G. Sebald, de quem a Quetzal tem estado a publicar a obra, intitulado “Pátria apátrida”, ensaios sobre literatura austríaca, que já tinha sido editado em Portugal em 2010 pela Teorema.
“O bairro dos jornais”, um retrato histórico do Bairro Alto e dos jornais que lá tinham redações, de Paulo Martins, e a reedição de “Teoria geral do esquecimento”, de José Eduardo Agualusa, são outras das edições a chegar às livrarias no primeiro semestre.
Até final do ano, serão publicadas as novas obras de Yasmina Reza, Elif Shafak, Reza Aslam (autor de “O Zelota”) e da ensaísta e crítica social norte-americana Camille Paglia, conhecida como feminista anti-feminismo, fenómeno de popularidade nos Estados Unidos, defensora de um movimento feminista muito próprio.
A escritora islandesa Yrsa Sigurdardóttir regressa, com uma trilogia sobre crimes na Islândia, bem como Rachel Cusk, de quem a Quetzal publicou em 2017 “A contraluz”, de V.S. Naipaul, e o cantor português Sérgio Godinho, com um novo romance, depois de ter publicado no ano passado o romance de estreia “Coração mais que perfeito”.
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