A programação com os destaques das quatro galerias britânicas – a Tate Britan, Tate Modern, Tate St. Ives e a Tate Liverpool, única fora da capital - inclui ainda artistas como Petrit Halilaj, Shophie Taeuber-Arp, Emily Speed e Anicka Yi.
A retrospetiva dedicada à artista portuguesa Paula Rego, anteriormente anunciada, estará patente de 16 de junho a 24 de outubro de 2021, na Tate Britain.
Radicada em Londres, a pintora portuguesa detentora “de um poder imaginativo extraordinário”, segundo o comunicado da Tate, apresentará um percurso da sua carreira em pinturas, desenhos e impressões.
“Rego desempenhou um papel-chave na redefinição da arte contemporânea figurativa, particularmente na sua forma intransigente de representar as mulheres”, descreve a galeria britânica sobre a artista portuguesa.
Paralelamente, a galeria vai apresentar a mostra “Hope. Struggle. Change: Photographing Britain and the World 1945-79” ("Esperança. Luta. Mudança: Fotografar a Grã-Bretanha e o Mundo 1945-79”, em tradução livre), com 300 fotografias documentais que contam a história moderna do território, nos seus conflitos e intervenções no estrangeiro, desde as migrações aos movimentos de direitos civis.
Para a abertura da sessão da primavera de 2021, a Tate Modern vai apresentar – de 4 de fevereiro a 31 de maio - uma retrospetiva de um dos mais destacados pintores norte-americanos, modernos, Philip Guston (1913-1980), percorrendo mais de 50 anos da carreira do artista.
Guston ficou conhecido por fazer a ponte entre o pessoal e o político, o abstrato e o figurativo, o humorístico e o trágico, “criando algumas das pinturas mais influentes do século XX”, segundo a Tate.
Seguidamente, serão apresentadas duas instalações imersivas da japonesa Yayoi Kusama, da série “Infinity Mirror Rooms”, que transportam o visitante para o interior do universo da artista, e das suas “intermináveis reflexões”.
A comissão anual da Tate Britain será revelada em março, criada este ano pela britânica Heather Phillipson, e coincide com um projeto que a artista está a fazer para o Fourth Plinth, em Trafalgar Square.
O trabalho da artista britânica vai transformar as galerias Duveen numa instalação com trabalhos em vídeo, escultura e som, enquanto a Tate Liverpool também terá novas instalações na primavera, incluídas na Bienal de Liverpool, o festival de arte contemporânea mais importante do Reino Unido, este ano adiado devido à pandemia COVID-19, e previsto decorrer de 20 de março a 6 de julho do próximo ano.
Para o verão de 2021, a Tate Britain vai celebrar duas grandes figuras da arte moderna. É o caso de Auguste Rodin, na exposição “The EY Exhibition: The Making of Rodin” (de 6 de maio a 10 de outubro), sobre o escultor francês, cujas criações radicais provocaram uma cisão com a escultura tradicional, no final do século XIX.
A exposição dedicada a Sophie Taeuber-Arp vai mostrar o trabalho multidisciplinar da artista francesa de origem suíça, um dos principais nomes do abstracionismo, que se destacou nos anos 1920 e 1930, desafiando fronteiras da arte tradicional. Admirada por Kandinsky, Klee, Cocteau, Duchamp, Tzara e Jean Arp, de quem foi companheira de toda a vida, a expressão de Taeuber-Arp estende-se da pintura à escultura, do design têxtil e de mobiliário a objetos, assim como da arquitetura à dança.
A Tate Liverpool irá mostrar trabalhos em pintura e impressões de Lucian Freud, e um novo trabalho da criadora britânica Emily Speed, mostras já anunciadas previamente.
A Tate St. Ives irá inaugurar uma exposição do artista do Kosovo Petrit Halilaj, cujas instalações exploram a herança cultural e memória.
No outono do próximo ano, Anicka Yi's irá explorar na Tate Modern as ligações entre a ciência e o uso experimental de materiais, a par de uma exposição de Lubaina Himid, com trabalhos recentes sobre aspetos da vida contemporânea.
Na programação da Tate há ainda duas exposições de grandes dimensões que ligam a História cultural e a sociedade: “Hogarth and Europe”, com trabalhos do artista britânico William Hogarth (1697-1764), e “Britain and the Caribbean”, com obras de artistas do Caribe que escolham a Grâ-Bretanha para viver, estão também previstas na Tate Britain.
Ainda este ano, a Tate Modern confirma o prolongamento da exposição dedicada da Andy Warhol para mais dois meses, até 15 de novembro, e também a mostra dedicada ao trabalho do norte-americano Ed Ruscha, até julho de 2021.
Comentários